Gente. Minha queridíssima Karina de Faria fez um comentário no último post (perder é tão ruim), mas talvez muitos não leiam, por ser um comentário. É um texto tão bom, mas tão bom, que tenho a obrigação de publicá-lo aqui, enquanto post. Obrigada, amiga.
Deliciem-se, e aproveitem para conhecer o blog de seu grupo, que também é tudo de bom.
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Então amiga
Ontem; apito final, Brasil fora da Copa, momentos de  torpor, silêncio, tristeza. Muitas coisas passam pela cabeça. Na minha,  uma delas foi: “preciso ler o que Adriana vai escrever”. 
Eis-me  aqui!
Preciso dizer que também admiro Dunga. Independente do  resultado, vejo-o como um homem de caráter,  com uma dignidade rara nos  dias de hoje. Ou pelo menos raramente divulgada nas notícias  que  apostam no apelo da exposição de  figuras corruptas e personalidades  arrogantes e violentas. Acho-o corajoso por apostar no coletivo. Ainda  que você tenha dito, com razão, que há  um importância fundamental do  talento individual no futebol, entendo que aquele que se destaca, se  destaca porque há outros ao seu redor que possibilitam esse destaque. E  isso amiga Adriana, vale tanto para o futebol, como para o nosso velho e  bom teatro, concorda? Gosto de saber que um “talento individual”  valoriza o coletivo em que se insere.
Sobre o assunto:   “profissionais que transmitem e comentam os jogos pela televisão” . Tive  a feliz idéia de acompanhar o áudio do jogo do Brasil de ontem ouvindo  uma emissora de rádio, usando o fone do celular. Foi uma delícia! Apesar  da derrota, claro! Pude não ouvir os comentários chatos ou  desnecessários ou preconceituosos ou vazios ou engraçadinhos, ou, ou,  ou...
Outra coisa que me fez refletir bastante, não apenas no  jogo do Brasil, mas em toda a Copa, foi  o significado de palavras como:  favoritismo, tradição, competência, preparo técnico, tática de jogo,  planejamento, etc.  Ao que me parece todos esses conceitos podem ser  flexibilizados, quando nos defrontamos com o mais primitivo dos  sentimentos: a emoção humana. O sangue que ferve nas veias e altera  comportamentos. A mesma essência da qual tratamos nos nossos palcos e  com a qual construímos nossos personagens.
Gostaria de falar  ainda sobre outro ponto que me instiga profundamente, que é o apelo  comercial, e a publicidade milionária que jorra em épocas de copa, mas a  vida me chama. O Brasil volta pra casa, mas a gente por aqui precisa  sair de casa: é fim de semana, e como todo bom artista que faz milhares  de coisas ao mesmo tempo, preciso trabalhar.  Passo a bola pra você,  Adri!
Entretanto, aproveito o gancho “publicidade” para pedir que  visite o blog da nossa companhia: eciadearte.wordpress.com.br. Lá tem  um link para esse aqui! Será um prazer ter um comentário seu para as  nossas discussões.
Enfim, é muito bom  ter espaço para dialogar. E  tornar públicas nossas umbilicais digressões.
Sucesso para todos  nós!!!!
A propósito: A Argentina está fora e a derrota foi 4 a  zero vezes mais triste que a nossa!!!!
Beijos
Karina de  Faria
 
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