Deu-se a tragédia!
A vergonhosa derrota do futebol brasileiro hoje, representado pelo Clube Santista, trouxe à luz dos nossos olhos a cruel e desoladora verdade sobre o nosso futebol: Perdemos!
Perdemos todos!
Perderam a magia, a beleza e a arte de nosso belo jogo.
Perderam os artistas da bola, as crianças que crescem com a redonda no pé, que aprendem nas várzeas e campinhos, com bolas de meia e sem chuteiras.
Perdeu a subjetividade de nossa mais bela configuração cultural.
Ganharam os cartolas. Ganharam as incontáveis marcas que poluem as camisas de nossos times. Ganharam os empresários da bola, que esticam os braços de nossos jogadores, puxando e empurrando todos e cada um deles pra lá e pra cá como borrachas de amarrar dinheiro.
Ganharam os presidentes de clubes filhos-da-puta, que destruiram nossas bases, que liquidaram com o sentimento de pertencimento a um clube, que fizeram do ato de jogar futebol uma atividade esvaziada de sentido e repleta de cifras.
Trocamos acordes por cifras.
Mas, ao fim e ao cabo, sinto dizer caros empresário, perdemo todos.
A humilhante derrota do Santos, o baile dos espanhóis deixam evidente que perdemos o posto que por tanto tempo foi nosso. Não o posto de campeões inquestionáveis, mas o posto de jogar e fazer bonito. O posto de sermos respeitados e admirados. O posto de sermos, mesmo que não ganhemos, as autoridades no assunto.
Perdemos e perdemos feio demais.
Que tristeza ver um Santos humilhado, arrasado, amedrontado, pequeno diante da fera Barcelona. Ver o Barcelona jogar o futebol que outrora era o a marca do futebol brasileiro: beleza, eficiência e graça.
Eu fiquei constrangida diante da TV.
Os intelectuais (sobretudo da área de educação) que sempre acharam um absurdo o Brasil se orgulhar de seu futebol (leia o post anterior) devem estar felizes, porque naquilo que nos orgulhávamos e que nos representava como potência mundial, nisso, também falhamos.
E acredito que não há tristeza maior para o povo brasileiro do que perder sua identidade no futebol.
Fica a oportunidade educativa para técnicos, para dirigentes, para a imprensa esportiva do Brasil, sobretudo para a insuportável Revista Placar, que num ano tem mais de 6 capas com Neymar.
E fica para esse bom menino uma das maiores aulas de sua vida: Tem que comer muito feijão com arroz ainda para ser um Messi. Não porque o Messi em si é imabtível, mas porque tem sua trajetória, tem seu percurso, tem seus aprendizados com triunfos e derrotas. Sem isso, caro Neymar - que eu admiro e torço pelo sucesso - não há craque, não há ídolo, não há história.
Você é um menino, e isso não pode ser considerado um defeito, pelo contrário. Mas, não acredite em nada que a Globo, a editora Abril e toda essa corja lhe dizem. Acredite no que você faz, no que você vive e vê. Acredite nas pessoas de verdade e nos fatos em si. Porque a Globo e Cia. vão ser as primeiras a te dar um belo de um pé na bunda, quando você não lhes servir aos interesses de mercado.
Que a imprensa brasileira aprenda de vez que a notícia não é o fato. Que gritar durante todo o mês que Santos e Barcelona, que Neymar e Messi são do mesmo tamanho e força, não faz com que eles de fato sejam. Nós não acreditamos em vocês. Nós acreditamos nos fatos.
Eu espero que essa vergonha de hoje sinalize que a vitória da cifra sobre a chuteira representa uma derrota para todos. Esvaziar o futebol brasileiro de sua beleza, graça e talento é acabar com seu princípio, é acabar com o futebol em si.
O querido Sócrates, em entrevista a Maria Gabriela e também no Altas Horas, pouco antes de sua partida disse muito acertadamente que o Brasil precisa jogar futebol brasileiro. Enquanto tentarmos jogar futebol europeu, sairemos derrotados. (Veja post anteior a este, sobre Sócrates).
O que o futebol brasileiro tem de melhor é ser o futebol brasileiro.
Que ainda haja tempo para reconquistarmos essa qualidade
Se não, não haverá 'Santos' que nos salvem!
É bolada, brasileiro!
Depois da pesquisa de mestrado realizada no PPGAC - UFBA, intitulada TEATRO X FUTEBOL: Por uma dramaturgia do espetáculo futebolístico, dou continuidade à pesquisa em nível de doutorado: A EXPERIÊNCIA TRÁGICA DO TORCEDOR: o Futebol como espetáculo absoluto do Século XX. Neste blog pensamentos, perguntas, problematizações, cotidianices, política, arte, poesia. TEATRO E FUTEBOL juntos, porque entre o campo e o palco, entre o jogo e peça existem mais parentescos do que supõe a nossa vã filosofia.
domingo, 18 de dezembro de 2011
domingo, 11 de dezembro de 2011
FUTEBOL, POLÍTICA, EDUCAÇÃO E ARTE por José Miguel Wisnik
Este vídeo fez parte do vídeo maior que eu apresentei na minha defesa de mestrado.
Foi editado por mim e por Alexsandro Moreira, a partir do áudio de uma entrevista de José Miguel Wisnik para o programa Café Filosófico em 2009.
Não requer explicações, nem maiores introduções, porque ele é simplesmente demais.
Foi editado por mim e por Alexsandro Moreira, a partir do áudio de uma entrevista de José Miguel Wisnik para o programa Café Filosófico em 2009.
Não requer explicações, nem maiores introduções, porque ele é simplesmente demais.
Marcadores:
Cotidianices,
Educação,
Outros jogadores,
Política
domingo, 4 de dezembro de 2011
ADEUS AO SÓCRATES ARTISTA
Se fosse mesmo pra brincar com nome de Filósofo Grego, ele deveria se chamar Aristóteles, porque seu império era o reino das artes.
O Doutor Sócrates povoa meu imaginário, porque de todas as lembranças que tenho da minha infância, ainda em São Paulo, uma das mais fortes é a Copa de 82 e o show oferecido por ele e seus companheiros Zico, Júnior, Casagrande, Falcão, Oscar, Leandro, Éder, entre outros, além do querido Telê Santana.
Lembro-me que eu, com minha já desenvolvida mania para promessas, fiz uma promessa de que se o Brasil ganhasse aquele jogo contra a Itália, eu rezaria o pai-nosso. Coisa de criança. Mas, para adiantar o serviço, eu paguei a promessa antes da graça, o que segundo minha indignada irmã, também criança, acabou por provocar a derrota do Brasil para Paolo Rossi. Sim, historiadores, a culpa daquela dolorosa derrota foi minha!
Lembro-me da imagem do Dr. Sócrates como aquela figura imponente, mas simpática, politizada, aguerrida, lutando contra a ditadura, promovendo uma verdadeira revolução no Corínthians através da Democracia Corintiana, um marco do futebol mundial. Lembro-me de seu sorriso maroto e sua barba plena, coisa de militante!
Sim, porque com moralismo ou com vícios a gente vai morrer de qualquer jeito e será muito mais feliz aquele que levar consigo não apenas o preço, mas o prazer, a felicidade e a liberdade de ter assumudo seus próprios desejos, desvios e transgressões. Hoje o cigarro e a cachaça não representam mais uma atitude de subversão e indisciplina, atitudes necessárias para o avanço da humanidade. Representam, pelo contrário, consumo e obediência. Que essa geração descubra o que de fato representa transgredir, desobededer, avançar, e eu, particularmente, acho que ela vai descobrir.
De cá, eu encaminho minhas saudades a esse grande corintiano, a esse grande brasileiro e o homenageio com fotos inesquecíveis e vídeos marcantes.
Adeus, Doutor! Adeus Artista!
Sócrates no Altas Horas
Mais Sócrates no Altas Horas
O Doutor Sócrates povoa meu imaginário, porque de todas as lembranças que tenho da minha infância, ainda em São Paulo, uma das mais fortes é a Copa de 82 e o show oferecido por ele e seus companheiros Zico, Júnior, Casagrande, Falcão, Oscar, Leandro, Éder, entre outros, além do querido Telê Santana.
Lembro-me que eu, com minha já desenvolvida mania para promessas, fiz uma promessa de que se o Brasil ganhasse aquele jogo contra a Itália, eu rezaria o pai-nosso. Coisa de criança. Mas, para adiantar o serviço, eu paguei a promessa antes da graça, o que segundo minha indignada irmã, também criança, acabou por provocar a derrota do Brasil para Paolo Rossi. Sim, historiadores, a culpa daquela dolorosa derrota foi minha!
Lembro-me da imagem do Dr. Sócrates como aquela figura imponente, mas simpática, politizada, aguerrida, lutando contra a ditadura, promovendo uma verdadeira revolução no Corínthians através da Democracia Corintiana, um marco do futebol mundial. Lembro-me de seu sorriso maroto e sua barba plena, coisa de militante!
Hoje é um dia especial. S. Ático e Dr. Sócrates vão assistir, juntos, a final do campeonato brasileiro de 2011 e, se der tudo certo, vão comemorar o triunfo do Timão. Meu pai com seu cigarrinho, o doutor com sua branquinha.
Sim, porque com moralismo ou com vícios a gente vai morrer de qualquer jeito e será muito mais feliz aquele que levar consigo não apenas o preço, mas o prazer, a felicidade e a liberdade de ter assumudo seus próprios desejos, desvios e transgressões. Hoje o cigarro e a cachaça não representam mais uma atitude de subversão e indisciplina, atitudes necessárias para o avanço da humanidade. Representam, pelo contrário, consumo e obediência. Que essa geração descubra o que de fato representa transgredir, desobededer, avançar, e eu, particularmente, acho que ela vai descobrir.
De cá, eu encaminho minhas saudades a esse grande corintiano, a esse grande brasileiro e o homenageio com fotos inesquecíveis e vídeos marcantes.
Adeus, Doutor! Adeus Artista!
É bolada, Magrão!!!
Sócrates no Altas Horas
Mais Sócrates no Altas Horas
terça-feira, 11 de outubro de 2011
BAHÊA MINHA VIDA - uma obra de arte
Meu pai do céu. Por onde começar? Do que falar?
Do filme em si?
Do primoroso trabalho de Márcio Cavalcante e sua equipe?
Da experiência única de ver este filme numa sala de cinema com a plateia mais surreal que qualquer pessoa pode imaginar?
Vou tentar.
Posso começar pela provocação de meu amigo, o querido Jean Wyllys, que desabafou no twitter que não entendia a comoção do futebol, por mais que tentasse não conseguia passar mais que cinco minutos na frente da tv vendo um jogo. Obviamente seu comentário no twitter e no face recebeu muitos comentários, dos dois lados. Os que fechavam com ele e não viam sentido nos 22 homens atrás de uma bola, blablabla... E outros, que como eu, entendem que não é só uma questão matemática e lógica, mas que resume em atos, fatos e acontecimentos toda a existência humana. Eu que ainda não tinha visto o filme mas que já imaginava como seria emocionante, por ter visto inúmeros trailers e teaseares e porque Alam não só já tinha visto o filme como também viveu a batalha por um ingresso no Iguatemi, invadido por uma onda tricolor, tal qual Pituaçu em dia de jogo. Sem conseguir, saiu correndo para o Glauber Rocha, onde a histeria era menor... Sim, mesmo sem ter visto o filme ainda, eu disse a Jean para vir a Salvador para vermos juntos o filme, para ele entender e sentir o que é isso. E como eu estava certa. Depois, amigo, para batizar de fato, só uma partidinha no caldeirão...
Mal sabia eu que o filme era muito, muito mais do que homenagem ao Esporte Clube Bahia, mais do que um filme sobre futebol, era uma linda poesia sobre a capacidade do ser humano de se entregar a alguma paixão. Paixão no sentido mais pleno do que qualquer outra cultura vai poder experimentar ou compreender. Mas o filme é ainda maior do que isso e essa experiência única, única, Jean, você tem que vir ver e lembrar, mais uma vez e sempre, o quanto é bom ser baiano. O quanto é bom ser Bahêa!
Pense numa sala de cinema em que a cada pessoa que entrava ouvia o bordão: "Bora Bahêa!" E respondia sorrindo, como filho que há muito tempo não vinha almoçar em casa: "Bora Bahêa." Isso depois de uma fila de uniformizados. Isso depois de uma semana em cartaz. Isso numa sala de cinema que não é das mais populares, reduto de intelectuais... Pois é...
De repente, um fi de deus bota o hino no celular. Toda a plateia canta junto. Todo o hino.
Uma plateia de amigos. Uma plateia de irmãos. Parecia uma grande família, almoçando junta.
Durante o filme, gritos de gol. gritos de guerra, cantação do hino, risos, lágrimas, tudo junto. Ao, fim aplausos e confraternização. Gente, uma experiência mesmo muito inusitada. Só quem viveu sabe.
Mas vamos ao filme.
O filme é didaticamente dividido em capítulos, não acintosamente, mas fluentemente, dentro de sua dramaturgia de documentário-paixão.
Primeiro, fala-se sobre o futebol. Essa paixão, que como tal, não se explica, por mais que seja gostoso tentar. Tem fala de historiador, jornalista, jogador, torcedor, poeta... Todo mundo vive sua tentativa de explicação.
Aí, entra o time, o clube, a história. Numa primorosa pesquisa que foi organizada também primorosamente para não cair na chatice em que muitos documentários podem cair, vamos conhecendo a história de nosso amado clube. Sempre com uma polifonia típica do tema. O que eu mais acho gostoso na minha pesquisa é que quando eu toco no assunto eu, que sou teoricamente a pesquisadora, sou a que menos fala. Todo mundo se sente especialista em futebol e é. Ninguém tem vergonha ou pudor em dar sua opinião e todas as opiniões são ouvidas, comentadas, respeitadas. Assim também é o filme. Todo mundo tem o que dizer e tudo o que se diz, de onde se diz é importante, é fundamental!
Aí, entra a parte para mim mais emocionante do filme. Parte que extrapola tudo o que eu esperava do filme. O encontro dos ex-jogadores do escrete de 59 é um primor. De tudo, por tudo. Senhores pais e senhroas mães: levem seus filhos porque é lindo ver aqueles velhinhos lindos, plenos, doces e que, mesmo com certa dor das limitações da velhice, desfilam suas memórias e sua presença para que aprendamos com eles. É simplesmente emocionante. A edição foi muito feliz em colocar as falhs de memória dos jogadores, não por ser engraçado, mas por ser tocante. Os olhos deles se reconhecendo, é demais. É emocionante. É quase cruel. Poucos são os que não choram. O que é Marito Bahia, meu Deus? E Rubem Bahia, jogador de 1931? Demais.
Aí, em dado momento, eu me dou conta de que estou prestes a descobrir o que dizer a meu amigo Jean. Vendo as imagens da torcida, belíssimas imagens, entendo porque o futebol é esse delírio. É porque no futebol, o homem vira menino. Gente, percebam os olhos de homens que se abraçam, que gritam, que choram, que declaram seu amor incondicional ao time. Os olhos, meu deus, são olhos de meninos. E Ziraldo, muito inteligentemente fez nosso mascote com a figura de uma criança. É isso que somos: crianças. E como tal, dedicamos toda energia e seriedade naquilo que fazemos. Acreditamos! É muita alegria por algo aparentemente tão simples. Um dos convidados (que eu não vou me lembrar quem) diz que o futebol é libertador porque o homem abre mão daquilo que lhe caracteriza como humano, que é a possibilidade de usar as mãos. Ele abre mão, deliberadamente daquilo que o identifica, e cria um mundo completamente novo e possível, fazendo mágica com os pés. Demais.
Dos títulos, passamos para o hino, que muito bem lembrado por outro convidado, é um hino à torcida e não necessariamente ao clube. Um chamado, uma trombeta de cavalaria.
Deste ponto, se não estou enganada, o filme avança para falar da descida às séries B e C e do emocionante retorno. Marcelo Barreto, respeitado jornalista esportivo, lê seu belíssimo texto sobre a subida do Bahia - texto que eu já conhecia e já tinha divulgado aqui neste blog. Os depoimentos emocionantes continuam.
Agora, o que faz do filme um grande feito, não é cada coisa isolada em si. Não é um elemento que se destaca no filme. É o talento que Márcio tem para fazer das vozes populares o maior trunfo. Juca Kfouri é maravilhoso, Marcelo Barreto é demais, os outros comentaristas são muito bons, mas a voz do filme, ah, essa é do povo. Os personagens da torcida tricolor são as estrelas absolutas também do filme e é muito bom a gente reconhecer nas telas essas figuraças que a gente vê sempre que vai a Pituaçu. É lindo ver que eles fazem o filme, que eles são no fundo as grandes estrelas do Bahêa. E cá pra nós, eles falam com uma propriedade que estudioso nenhum jamais vai alcançar.
Bom, acho que não há muito mais o que falar do filme. Na verdade eu nem ando muito inspirada para escrever. Tenho me dedicado muito mais a ver, assistir e aprender.
Mas não poderia jamais deixar de registrar minha emoção e alegria com este filme.
Uma leve tristeza, porque vejo que minha pesquisa de doutorado, tão dura e tão racional jamais chegará perto de tanta beleza, leveza e magia. Mas, vou seguir tocando, né. É preciso terminar esse trem. E, pero que si pero que no, ficará mais um registro sobre essa linda torcida, em outra linguagem, em outra mídia, de outra forma. Minha contribuição.
Obrigada, Márcio Cavalcante e equipe, por um trabalho tão primoroso e apaixonado. Espero que o filme possa circular no país todo, pois é uma grande obra e deve ser apreciada por muitos.
Espero que meu amigo possa assistir ao filme, talvez não mais aqui ao meu lado em Salvador, mas em qualquer outro lugar desse Brasilzão que ele tem percorrido. Que ele se lembre de mim, que sinta - mesmo que não entenda - um pouco desse jeito estranho de ser brasileiro e que perceba de alguma forma que contra tudo o que se possa dizer do futebol, para o bem e para o mal - que ele á algo nosso, intimamente nosso. E simples, e belo, e vivo e apaixonante. E que ele sinta alguma alegria, mesmo que estranha, em ver tantos homens-meninos, juntos, cantando e pulando felizes, esquecendo tantas mazelas e fazendo o que dá pra ser feito aqui nesse mundo estranho que a gente entende tão pouco mas do qual não se pode sair facilmente. Nessa hora, eu acho Jean, nós re-encontramos o princípio criador, e isso não é uma figura de linguagem, não é uma hipérbole. Isso pra mim, é real.
Do filme em si?
Do primoroso trabalho de Márcio Cavalcante e sua equipe?
Da experiência única de ver este filme numa sala de cinema com a plateia mais surreal que qualquer pessoa pode imaginar?
Vou tentar.
Posso começar pela provocação de meu amigo, o querido Jean Wyllys, que desabafou no twitter que não entendia a comoção do futebol, por mais que tentasse não conseguia passar mais que cinco minutos na frente da tv vendo um jogo. Obviamente seu comentário no twitter e no face recebeu muitos comentários, dos dois lados. Os que fechavam com ele e não viam sentido nos 22 homens atrás de uma bola, blablabla... E outros, que como eu, entendem que não é só uma questão matemática e lógica, mas que resume em atos, fatos e acontecimentos toda a existência humana. Eu que ainda não tinha visto o filme mas que já imaginava como seria emocionante, por ter visto inúmeros trailers e teaseares e porque Alam não só já tinha visto o filme como também viveu a batalha por um ingresso no Iguatemi, invadido por uma onda tricolor, tal qual Pituaçu em dia de jogo. Sem conseguir, saiu correndo para o Glauber Rocha, onde a histeria era menor... Sim, mesmo sem ter visto o filme ainda, eu disse a Jean para vir a Salvador para vermos juntos o filme, para ele entender e sentir o que é isso. E como eu estava certa. Depois, amigo, para batizar de fato, só uma partidinha no caldeirão...
Fila no Iguatemi para ver a estreia do filme |
Pense numa sala de cinema em que a cada pessoa que entrava ouvia o bordão: "Bora Bahêa!" E respondia sorrindo, como filho que há muito tempo não vinha almoçar em casa: "Bora Bahêa." Isso depois de uma fila de uniformizados. Isso depois de uma semana em cartaz. Isso numa sala de cinema que não é das mais populares, reduto de intelectuais... Pois é...
De repente, um fi de deus bota o hino no celular. Toda a plateia canta junto. Todo o hino.
Uma plateia de amigos. Uma plateia de irmãos. Parecia uma grande família, almoçando junta.
Durante o filme, gritos de gol. gritos de guerra, cantação do hino, risos, lágrimas, tudo junto. Ao, fim aplausos e confraternização. Gente, uma experiência mesmo muito inusitada. Só quem viveu sabe.
Mas vamos ao filme.
UM ENCONTRO DE GERAÇÕES
Martio Bahia, grande ídolo |
Primeiro, fala-se sobre o futebol. Essa paixão, que como tal, não se explica, por mais que seja gostoso tentar. Tem fala de historiador, jornalista, jogador, torcedor, poeta... Todo mundo vive sua tentativa de explicação.
Aí, entra o time, o clube, a história. Numa primorosa pesquisa que foi organizada também primorosamente para não cair na chatice em que muitos documentários podem cair, vamos conhecendo a história de nosso amado clube. Sempre com uma polifonia típica do tema. O que eu mais acho gostoso na minha pesquisa é que quando eu toco no assunto eu, que sou teoricamente a pesquisadora, sou a que menos fala. Todo mundo se sente especialista em futebol e é. Ninguém tem vergonha ou pudor em dar sua opinião e todas as opiniões são ouvidas, comentadas, respeitadas. Assim também é o filme. Todo mundo tem o que dizer e tudo o que se diz, de onde se diz é importante, é fundamental!
Bel Bahia, patrimônio da nossa torcida |
Lorinho, que amarrava os adversários em seu vudu abaianado |
BA X VI: onde o clássico é pacífico |
Dos títulos, passamos para o hino, que muito bem lembrado por outro convidado, é um hino à torcida e não necessariamente ao clube. Um chamado, uma trombeta de cavalaria.
Deste ponto, se não estou enganada, o filme avança para falar da descida às séries B e C e do emocionante retorno. Marcelo Barreto, respeitado jornalista esportivo, lê seu belíssimo texto sobre a subida do Bahia - texto que eu já conhecia e já tinha divulgado aqui neste blog. Os depoimentos emocionantes continuam.
Agora, o que faz do filme um grande feito, não é cada coisa isolada em si. Não é um elemento que se destaca no filme. É o talento que Márcio tem para fazer das vozes populares o maior trunfo. Juca Kfouri é maravilhoso, Marcelo Barreto é demais, os outros comentaristas são muito bons, mas a voz do filme, ah, essa é do povo. Os personagens da torcida tricolor são as estrelas absolutas também do filme e é muito bom a gente reconhecer nas telas essas figuraças que a gente vê sempre que vai a Pituaçu. É lindo ver que eles fazem o filme, que eles são no fundo as grandes estrelas do Bahêa. E cá pra nós, eles falam com uma propriedade que estudioso nenhum jamais vai alcançar.
Bom, acho que não há muito mais o que falar do filme. Na verdade eu nem ando muito inspirada para escrever. Tenho me dedicado muito mais a ver, assistir e aprender.
Mas não poderia jamais deixar de registrar minha emoção e alegria com este filme.
Uma leve tristeza, porque vejo que minha pesquisa de doutorado, tão dura e tão racional jamais chegará perto de tanta beleza, leveza e magia. Mas, vou seguir tocando, né. É preciso terminar esse trem. E, pero que si pero que no, ficará mais um registro sobre essa linda torcida, em outra linguagem, em outra mídia, de outra forma. Minha contribuição.
Márcio Cavalcante - diretor |
Obrigada, Márcio Cavalcante e equipe, por um trabalho tão primoroso e apaixonado. Espero que o filme possa circular no país todo, pois é uma grande obra e deve ser apreciada por muitos.
Espero que meu amigo possa assistir ao filme, talvez não mais aqui ao meu lado em Salvador, mas em qualquer outro lugar desse Brasilzão que ele tem percorrido. Que ele se lembre de mim, que sinta - mesmo que não entenda - um pouco desse jeito estranho de ser brasileiro e que perceba de alguma forma que contra tudo o que se possa dizer do futebol, para o bem e para o mal - que ele á algo nosso, intimamente nosso. E simples, e belo, e vivo e apaixonante. E que ele sinta alguma alegria, mesmo que estranha, em ver tantos homens-meninos, juntos, cantando e pulando felizes, esquecendo tantas mazelas e fazendo o que dá pra ser feito aqui nesse mundo estranho que a gente entende tão pouco mas do qual não se pode sair facilmente. Nessa hora, eu acho Jean, nós re-encontramos o princípio criador, e isso não é uma figura de linguagem, não é uma hipérbole. Isso pra mim, é real.
É bolada, Tricolor-estrela!
Marcadores:
Esporte Clube Bahia,
Outros jogadores,
Política
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
HISTÓRIA DO FUTEBOL na Revista Beleza Bahia
Gentes.
Depois de uma demoradinha, saiu um novo exemplar da Revista Beleza Bahia, com meus dois textos. Um está aqui e o outro no http://www.artedoespectador.blogspot.com/ .
Quem quiser dar uma olhada na revista toda, aqui está o link: BELEZA BAHIA Nas páginas 46 e 47 (FUTEBOL) e 52 e 53 (BELEZAS INUSITADAS).
Abaixo, o texto com um Breve Histórico do Futebol.
DOS RITOS SAGRADOS AO FUTEBOL MODERNO:
UM POUQUINHO DE HISTÓRIA
Adriana Amorim
“Futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso”.
(Autor desconhecido)
São, oficialmente, noventa minutos, divididos em dois tempos de quarenta e cinco minutos cada. O espaço do campo tem a forma de um retângulo, figura geométrica que aqui dialoga e contrasta com a perfeição da esfera, rainha do jogo: a bola. As regras atualmente são dezessete. Os agentes envolvidos, diversos. Além dos vinte e dois jogadores que corporificam a partida e dão forma à disputa, espectadores multiplicam-se em milhões, por todo o mundo. Grosso modo, assim resume-se o futebol. Mas, o que pode esconder-se por trás de detalhes relativamente tão simples? Onde nasce este conjunto de fatores que reunidos transformam-se num dos eventos mais populares do mundo? Quais mudanças ao longo do tempo redefiniram esta atividade? A partir de quais elementos culturais o futebol se constrói e ao fazê-lo como interfere na constituição desta mesma cultura? Vamos tentar responder?
O futebol, assim como o conhecemos hoje, é a compilação de regras e procedimentos que melhor se define como futebol moderno. Organizado pelos ingleses no final do século XIX, precisou de menos de um século para espalhar-se pelo mundo, conquistando multidões de adeptos. Antes deste marco histórico na modernidade, porém, muitas são as representações de jogos com bola, de grupos organizados e de desejos de disputa que demonstram estar na gênese deste fenômeno. Coisa de muito tempo atrás.
O campo dos conflitos simbólicos
As práticas envolvendo objetos similares à bola nas mais remotas civilizações agrárias estão associadas na maioria das vezes a ritos que atribuem a este objeto – geometricamente perfeito, sem distinção de lado, face ou dorso, capaz de movimentar-se ao menor impulso e continuar movendo-se a si mesma – o poder criador que é do sol, relacionando-se diretamente a fatores ligados à fartura de alimentos, ou seja, a bola é quase sempre, sagrada.
Seja na América chamada Pré-Hispânica (antes da chegada dos colonizadores), na Europa Medieval, nos países orientais, onde quer que se procure, encontramos diferentes versões do futebol.
Chutando a cabeça dos adversários abatidos e mais adiante bolas feitas dos mais diversos materiais (ela nem sempre foi redonda!), o futebol representou sempre uma espécie de campo dos conflitos simbólicos. Na maioria dos casos, nos mais diversos países, o modelo do jogo consiste numa luta encarniçada pela bola, envolvendo centenas de pessoas, utilizando-se de pés e mãos, estratégias lúdicas e agressivas para garantir a posse da bola, o que resultava em graves contusões, ferimentos diversos e em algumas vezes, em morte. Realizava-se nas bordas dos povoados e das cidades, envolvendo bosques, campos e brejos, onde a bola, feita de couro e preenchida de capim, farelo, folhagem, grãos, ou mesmo uma bexiga cheia de ar, era disputada com intensidade e desorganização. Um exemplo curioso do futebol chamado de pré-moderno era o Soule, praticado na região onde hoje é a França.
Os grupos adversários, aqui, eram compostos segundo critérios de coletividade, envolvendo relações com características quase familiares: comunidades vizinhas, paróquias, cidade versus campo, e similares. Ao mesmo tempo em que estas relações tinham seus critérios de proximidade, eram evidentes os critérios de competitividade. O que se buscava era a defesa do campo enquanto espaço de fertilidade. Vencer o campo alheio, antes de tudo, é garantir a inviolabilidade do próprio campo, espaço físico onde se produz o alimento que garante a sobrevivência. Perceba que não é à toa que chamamos o espaço de se jogar futebol de ‘campo’. Se boa parte dos esportes modernos acontece sobre chão acimentado, ou transformado pelas grandes tecnologias, o futebol jamais deixou de acontecer na terra, no solo, sobre plantas, esses seres com vida.
Um salto para a modernidade – o futebol de hoje
Em 26 outubro de 1863, segundo a maioria das fontes consultadas, são definidas as primeiras regras para este o de bola praticado nas grandes escolas inglesas. Na Freemasons’s Tavern, Great Queen Street, centro de Londres, Inglaterra, estabelece-se o marco do surgimento do futebol moderno. Enquanto as Escolas de Rugby e de Eton eram favoráveis a pontapés nas canelas e o uso das mãos, os de Harrow e de Cambridge, entre outras escolas, defendiam o “jogo do drible”, onde não era permitido o uso das mãos. Esta e outras diferenças na forma de jogar das escolas envolvidas representaram um grande impasse na definição das regras. Somente em 1877, após algumas releituras, é publicada a versão final das regras. Deste debate sobre as regras do esporte, estabelecem-se também novas regras para o Rugby. As regras de todos estes esportes coletivos eram testadas na prática, dentro das universidades que as construíram e, posteriormente, nos torneios inter-escolares.
Apesar da imprecisão da maioria das fontes, há registros de que a primeira partida oficial teve o placar de 14 X 14, em 1864. A esta época, a posição de goleiro não estava definida, o que só aconteceu em 1871. Este jogador podia tocar a bola com as mãos por toda a extensão do campo até o ano de 1912, quando passa a poder manuseá-la apenas dentro da chamada grande área.
Muitas curiosidades, não? Conhecer a história, não apenas do futebol moderno, mas do futebol enquanto ritual coletivo e, por que não, sagrado, nos ajuda a compreender um pouquinho dessa nossa paixão visceral e irrestrita pelo futebol, pelo nosso time. Não que a gente precise compreendê-la, sentir já está de bom tamanho. Mas já que é para estudar alguma história para fazer bonito na mesa de bar, na festa de confraternização, ou para impressionar a gatinha, que seja a história do futebol, estou errada?
Só que a partir daqui, a gente guarda parte dessa história para o segundo tempo. Duvido que você vai conseguir resistir à próxima edição.
domingo, 18 de setembro de 2011
POEMINHA PARA O TORCEDOR
TORCEDOR É BICHO BESTA, BESTINHA.
QUANDO O TIME PERDE É O PIOR DO MUNDO
O MUNDO VAI ACABAR
AS PAREDES VÃO DESABAR
MAS BASTA UM TRIUNFO
UM TRIUNFOZINHO
O CORAÇÃO DISPARA
OS BRAÇOS, SOLTOS NO AR
A GARGANTA EXPELE UM GRITO
E A JANELA GANHA UMA BANDEIRA
A GENTE DORME SORRINDO
A ESPERANÇA ACALANTA A ALMA
MAS CALMA,
MUITA CALMA
SOUZA AINDA É SOUZA
E A ZONA AINDA É SOMBRA
MAS A SEMANA
É TRICOLOR ATÉ QUARTA-FEIRA
E, ENTÃO, MAIS UMA VEZ
COMEÇA UMA NOVA EXISTÊNCIA
DE ALEGRIA OU DE DOR
SÓ SABEMOS POR VIVERMOS
EU AMO SER TORCEDORA
QUANDO O TIME PERDE É O PIOR DO MUNDO
O MUNDO VAI ACABAR
AS PAREDES VÃO DESABAR
MAS BASTA UM TRIUNFO
UM TRIUNFOZINHO
O CORAÇÃO DISPARA
OS BRAÇOS, SOLTOS NO AR
A GARGANTA EXPELE UM GRITO
E A JANELA GANHA UMA BANDEIRA
A GENTE DORME SORRINDO
A ESPERANÇA ACALANTA A ALMA
MAS CALMA,
MUITA CALMA
SOUZA AINDA É SOUZA
E A ZONA AINDA É SOMBRA
MAS A SEMANA
É TRICOLOR ATÉ QUARTA-FEIRA
E, ENTÃO, MAIS UMA VEZ
COMEÇA UMA NOVA EXISTÊNCIA
DE ALEGRIA OU DE DOR
SÓ SABEMOS POR VIVERMOS
EU AMO SER TORCEDORA
sábado, 17 de setembro de 2011
BAHIA MINHA VIDA - Tá mais perto do que longe
Está prevista para 30 de setembro a estreia do grande filme BAHIA MINHA VIDA, sobre esta grande torcida. Aqui, mais uma vez, um tequinho dessa alegria:
É BOLADA, ESPECTADOR!!!!
É BOLADA, ESPECTADOR!!!!
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Bahia e a crise de abstinência
Confesso que estava curando minha dor, me recuperando da agonia sofrida no domingo último. Era onze de setembro e o Baêa entrou em campo pra homenagear a data provocando o maior TERROR para sues torcedores. Comecei o campeonato dizendo para todo mundo que o Bahia ia brigar pela Libertadores, que o time só faltava afinar, tinha potencial, etc...É amarga a minha constatação, a ficha definitivamente caiu, o Baêa é (ou está) um time pequeno e joga para não cair pra segunda divisão.
Este 2 X 0 foi um tiro de misericórdia. Não dá pra vislumbrar mais nada a não ser a fuga da Z-4. A mudança de técnico foi pra quê mesmo? O Baêa de Renê era muito mais ofensivo, a principal caracteristica daquele time era a velocidade no contra-ataque. O que o Baêa de Joel nos apresentou neste dois jogos? Um time lerdo, lento, uma lerdeza de dar nos nervos, melhor, o time é um bando de cachorro doido correndo de um lado para outro sem objetivo nenhum.
Tem que dar uma comida de rabo nesses caras, temos que APERTAR A MENTE desse povo, tumutuar essa porra… Que merda é essa véio! Os salários estão atrasados? Esta merda desse Carlos Alberto é um puta de um preguiçoso, é um verdadeiro conto de fadas: fala bonito, sacode os cabelos, reclama com a arbitragem, se joga, prende a bola e perde a bola armando (quase sempre) o contra-ataque do inimigo, ou seja, improdutivo absoluto. Pra que botar dois meias de armação com limitações fisícas tão agudas como Carlos Alberto e Ricardinho? Esse outro escroto é mais uma desgraça na minha equipe, só de lembrar o jogo contra o corínthians dá vontade de matar.
Tirando Tiago e Marcos (ói eu pagando minha língua novamente) que, em certa medida, ofereceram resistência ao Galo, o resto do time nem merece menções, mas mesmo assim, não posso deixar passar em branco porque o ataque tricolor com Júnior e Reinaldo foi tão efetivo quanto minha avó sozinha (que Deus a tenha), jogando sentanda e de olhos vendados. Uma falta de vontade, concentração e velocidade que faz a gente chorar de saudade de Ávine e Jobson. Jancarlos não tem mais condição de jogar, ao que me parece sua carreira acabou no ano passado naquela falta no 3 X 0 contra o Naútico. Titi também foi mal como a zorra, já Paulo Miranda foi o grande vilão da noite, e tem errado constantemente regularmente continuamente muito muito nos jogos anteriores. Dessa vez, ao invés de proteger a bola até ela sair pela linha de fundo e ganhar o tiro de meta, botou a bola pra fora gerando um escanteio que gerou um pênalti (falta dele mesmo) que gerou uma expulsão (dele mesmo) que gerou um gol aos 48' do primeiro tempo depois de esgotado os acréscimos.
O primeiro tempo era um show de horrores, a torcida do Atlético estava virada na porra com o time e parecia até que o cenário poderia ficar melhor para esquadrão após o intervalo. Mas o Bahia queria muito perder o jogo e Paulo Miranda não ia deixar barato. Após o já citado escanteio, ele e sua mania constante de segurar os outros foram premiados com o já citado pênalti e o segundo cartão amarelo + vermelho que acabou com a já citada expulsão. Isso depois dos já citados acréscimos esgotados e em um lance que o juiz precisava “interpretar”. Que Bahia caridoso. Que juiz atento!!! Gol de Magno Alves e um a menos pro segundo tempo.
O segundo tempo foi só terror, o bahia não pegava na bola. foi horrível... Pra não perder o costume Tiaguisse no segundo gol, o bicho ficou o pé no chão, a bola passando do seu lado e ele não se jogou (acho que era pra não se sujar). Maranhão entrou no lugar de Ricardinho, Jones no lugar de Reinaldo e Danny Moraes no lugar de Júnior mas a miséria já estava feita. Fora uma cabeçada bêba de Jones no travessão, o segundo tempo foi um miséria, aliás, todo o jogo foi, no geral, sem inspiração, sem reação, estabanado e desestimulado. TERROR, TERROR, TERROR... "Papai" Joel vai ter que trabalhar muito porque acho que os sete anos rebaixado deixaram o Bahia apegado demais com as séries B e C. O tricolor está viciado passando por uma crise de abstinência. Valei-me meu pai, socorre aqui: "eu estou vestido com as armas de Jorge para que meus inimigos tenham mãos e não me toquem, para que meus inimigos tenham pés e não me alcançem, para que meu inimigos tenham olhos e não me vejam". Atôtô.
Alam Félix
Este 2 X 0 foi um tiro de misericórdia. Não dá pra vislumbrar mais nada a não ser a fuga da Z-4. A mudança de técnico foi pra quê mesmo? O Baêa de Renê era muito mais ofensivo, a principal caracteristica daquele time era a velocidade no contra-ataque. O que o Baêa de Joel nos apresentou neste dois jogos? Um time lerdo, lento, uma lerdeza de dar nos nervos, melhor, o time é um bando de cachorro doido correndo de um lado para outro sem objetivo nenhum.
Tem que dar uma comida de rabo nesses caras, temos que APERTAR A MENTE desse povo, tumutuar essa porra… Que merda é essa véio! Os salários estão atrasados? Esta merda desse Carlos Alberto é um puta de um preguiçoso, é um verdadeiro conto de fadas: fala bonito, sacode os cabelos, reclama com a arbitragem, se joga, prende a bola e perde a bola armando (quase sempre) o contra-ataque do inimigo, ou seja, improdutivo absoluto. Pra que botar dois meias de armação com limitações fisícas tão agudas como Carlos Alberto e Ricardinho? Esse outro escroto é mais uma desgraça na minha equipe, só de lembrar o jogo contra o corínthians dá vontade de matar.
Tirando Tiago e Marcos (ói eu pagando minha língua novamente) que, em certa medida, ofereceram resistência ao Galo, o resto do time nem merece menções, mas mesmo assim, não posso deixar passar em branco porque o ataque tricolor com Júnior e Reinaldo foi tão efetivo quanto minha avó sozinha (que Deus a tenha), jogando sentanda e de olhos vendados. Uma falta de vontade, concentração e velocidade que faz a gente chorar de saudade de Ávine e Jobson. Jancarlos não tem mais condição de jogar, ao que me parece sua carreira acabou no ano passado naquela falta no 3 X 0 contra o Naútico. Titi também foi mal como a zorra, já Paulo Miranda foi o grande vilão da noite, e tem errado constantemente regularmente continuamente muito muito nos jogos anteriores. Dessa vez, ao invés de proteger a bola até ela sair pela linha de fundo e ganhar o tiro de meta, botou a bola pra fora gerando um escanteio que gerou um pênalti (falta dele mesmo) que gerou uma expulsão (dele mesmo) que gerou um gol aos 48' do primeiro tempo depois de esgotado os acréscimos.
O primeiro tempo era um show de horrores, a torcida do Atlético estava virada na porra com o time e parecia até que o cenário poderia ficar melhor para esquadrão após o intervalo. Mas o Bahia queria muito perder o jogo e Paulo Miranda não ia deixar barato. Após o já citado escanteio, ele e sua mania constante de segurar os outros foram premiados com o já citado pênalti e o segundo cartão amarelo + vermelho que acabou com a já citada expulsão. Isso depois dos já citados acréscimos esgotados e em um lance que o juiz precisava “interpretar”. Que Bahia caridoso. Que juiz atento!!! Gol de Magno Alves e um a menos pro segundo tempo.
O segundo tempo foi só terror, o bahia não pegava na bola. foi horrível... Pra não perder o costume Tiaguisse no segundo gol, o bicho ficou o pé no chão, a bola passando do seu lado e ele não se jogou (acho que era pra não se sujar). Maranhão entrou no lugar de Ricardinho, Jones no lugar de Reinaldo e Danny Moraes no lugar de Júnior mas a miséria já estava feita. Fora uma cabeçada bêba de Jones no travessão, o segundo tempo foi um miséria, aliás, todo o jogo foi, no geral, sem inspiração, sem reação, estabanado e desestimulado. TERROR, TERROR, TERROR... "Papai" Joel vai ter que trabalhar muito porque acho que os sete anos rebaixado deixaram o Bahia apegado demais com as séries B e C. O tricolor está viciado passando por uma crise de abstinência. Valei-me meu pai, socorre aqui: "eu estou vestido com as armas de Jorge para que meus inimigos tenham mãos e não me toquem, para que meus inimigos tenham pés e não me alcançem, para que meu inimigos tenham olhos e não me vejam". Atôtô.
Alam Félix
domingo, 4 de setembro de 2011
CHOCOLATE PRA CIMA DO FLAMENGO
O treinador Eduardo Barroca, interino (é, não é mais novidade que Renê dançou), escalou o seguinte time para o jogo de hoje: Tiago (que medo); Jancarlos, Paulo Miranda, Titi e Dodô (ai, meu deus); Fabinho, Fahel, Carlos Alberto e Ricardinho (minha mãe nos acuda); Souza (socorro!!!) e Reinaldo (acuda, meu pai!). Meu receio se estabeleceu de imediato pois esse time não é nem de longe o que de melhor o esquadrão já mostrou nesse campeonato nacional de 2011.
Depender de Souza e Reinaldo é o fim. Será que a direitoria não vai trazer nenhum reforço pro ataque? E Dodô? Maranhão jogou tão bem naquela posição no último jogo! Insistir com Ricardinho e Carlos Alberto juntos é disputar quem é o mais lento. E Tiago, por que meu Deus?!? Olhe Omar aí, homem!
Mas, eis que a estrela do interino brilhou, E BRILHOU MUITO!!!! Meu Baêa jogou o jogo todo. Todo mundo jogou bem, não se apequenou diante do flamengo, que, diga-se de passagem, apostava numa vitória fácil para tirar o pé da lama. Com esta derrota o rubro-negro carioca soma o sexto jogo sem vencer.
O Baêa aguerrido dominou o jogo, teve a posse de bola e manteve o rubro-negro recuado a maior parte do tempo. Até mesmo as mexidas foram acertadas, Eduardo Barroca colocou Diones no lugar de Carlos Alberto, que cansou no segundo tempo e já tava rifugando; Júnior entrou no lugar de Souza (grande atuação, pasmem!, participou de dois gols e marcou um, cansou e pediu pra sair; Jones substituiu Reinaldo, esse andou sumido no primeiro tempo, mas apareceu bem no segundo.
O futebol desses caras estava escondido onde? Como é que faz um jogo horroroso na quinta-feira e chega no domingo e dá o maior CHOCOLATE no flamengo em pleno Engenhão? Com direito a OLÉ!! Esses caras estavam era querendo derrubar o Renê, rapaz.
Que meu Baêa continue brocando assim, que esse resultado seja uma constante e o caminho do gol tenha chegado definitivamente no intinerário dos meus atacantes. Mais um, mais um e nós vamos colocar mais uma estrela no peito, Amém!
Amanhã completo 38 anos de idade, aceito esse triunfo como um presente do esquadrão de aço para mim e que sirva também de aviso pro Joel Santana que está chegando: "somos grandes" e temos qualidade.
Bora Baêa minha porra!
Alam Félix
Depender de Souza e Reinaldo é o fim. Será que a direitoria não vai trazer nenhum reforço pro ataque? E Dodô? Maranhão jogou tão bem naquela posição no último jogo! Insistir com Ricardinho e Carlos Alberto juntos é disputar quem é o mais lento. E Tiago, por que meu Deus?!? Olhe Omar aí, homem!
Mas, eis que a estrela do interino brilhou, E BRILHOU MUITO!!!! Meu Baêa jogou o jogo todo. Todo mundo jogou bem, não se apequenou diante do flamengo, que, diga-se de passagem, apostava numa vitória fácil para tirar o pé da lama. Com esta derrota o rubro-negro carioca soma o sexto jogo sem vencer.
O Baêa aguerrido dominou o jogo, teve a posse de bola e manteve o rubro-negro recuado a maior parte do tempo. Até mesmo as mexidas foram acertadas, Eduardo Barroca colocou Diones no lugar de Carlos Alberto, que cansou no segundo tempo e já tava rifugando; Júnior entrou no lugar de Souza (grande atuação, pasmem!, participou de dois gols e marcou um, cansou e pediu pra sair; Jones substituiu Reinaldo, esse andou sumido no primeiro tempo, mas apareceu bem no segundo.
O futebol desses caras estava escondido onde? Como é que faz um jogo horroroso na quinta-feira e chega no domingo e dá o maior CHOCOLATE no flamengo em pleno Engenhão? Com direito a OLÉ!! Esses caras estavam era querendo derrubar o Renê, rapaz.
Que meu Baêa continue brocando assim, que esse resultado seja uma constante e o caminho do gol tenha chegado definitivamente no intinerário dos meus atacantes. Mais um, mais um e nós vamos colocar mais uma estrela no peito, Amém!
Amanhã completo 38 anos de idade, aceito esse triunfo como um presente do esquadrão de aço para mim e que sirva também de aviso pro Joel Santana que está chegando: "somos grandes" e temos qualidade.
Bora Baêa minha porra!
Alam Félix
domingo, 28 de agosto de 2011
OXE, QUE BAÊA É ESSE, RAPÁ? ou: Livrando a cara de René Simões
Uma voz masculina para pôr um pouco de testosterona nesse blog. Fala Alam Félix*:
************************************************************************************
Nem bem o jogo terminou e começaram as especulações de que a cabeça de Renê Simões iria rolar.
Desculpem-me os entendidos da bola, mas quem menos tem culpa do rendimento deste escrete tricolor é o nosso querido treinador. Nosso time joga bola, mas não consegue render, falta fundamento... não só isso falta muita coisa.
Será falta de treino?
Falta também muita vergonha na cara.
Voltemos ao jogo contra o Ceará... O trabalho de Renê Simões é armar o time em campo de forma que a equipe crie jogadas com chances reais de concretisar a meta. Só Lulinha teve duas chances claras, Jones outras três irritantes chances perdidas e outras tantas de Júnior que meus nervos perderam as contas. Se nossos atacantes não estão tendo competência na hora de empurrar para as redes a culpa, definitivamente, não é de Renê, o time chegou lá na cara do gol e não soube aproveitar.
O Ceará produziu pouco durante o jogo (devo estar louco! 3x0 queria mais?) o Baêa segurou legal no 1º tempo e também até criou mais contra um Ceará retrancado e jogando com três zagaeiros; foi senhor absoluto também no 2º tempo até levar o segundo gol, e aí foi um Deusnosacuda!
O segundo gol vai pra conta do Paulo Miranda que continua cometendo erros fatais e o terceiro vai pra conta do tal do Thiago que não é goleiro nem aqui, nem em lugar nenhum! PelamoedeDeus! Coloco na conta do professor só a substituíção de Lomba por Thiago, porque não o Omar? Essa peste de frangueiro não segura nada, é pior que arame liso, a gente sofreu o que sofreu no Baianão, o que é que esse cidadão faz no banco do Baêa? Pior: ele entra no jogo!!!! O melhor goleiro do estadual foi contratado pelo esquadrão, não foi?
Cadê Jair? Cadê João Neto?
Não vamos depositar a culpa dos insucessos do time em Renê, não, mas quem é que vai pagar a conta?
Com certeza a torcida que lota Pituaçu a cada jogo e na maioria das vezes sai de lá triste e revoltado. Que 'inhaca' da zorra é essa rapá? Essa história de que joga bem e não levou já deu. A gente quer muito mais que isso aí. Jobson vai fazer uma falta retada, mas a gente continua torcendo porque é torcedor, mas a gente tá de olho. Tamo livrando sua cara aí Renê, mas acorda esse povo senão a gente vai invadir essa porra de campo e fazer nosso protesto. Pronto, falei.
Alam Félix é professor de teatro e tricolor fanático, obviamente!
************************************************************************************
Nem bem o jogo terminou e começaram as especulações de que a cabeça de Renê Simões iria rolar.
Desculpem-me os entendidos da bola, mas quem menos tem culpa do rendimento deste escrete tricolor é o nosso querido treinador. Nosso time joga bola, mas não consegue render, falta fundamento... não só isso falta muita coisa.
Será falta de treino?
Falta também muita vergonha na cara.
Voltemos ao jogo contra o Ceará... O trabalho de Renê Simões é armar o time em campo de forma que a equipe crie jogadas com chances reais de concretisar a meta. Só Lulinha teve duas chances claras, Jones outras três irritantes chances perdidas e outras tantas de Júnior que meus nervos perderam as contas. Se nossos atacantes não estão tendo competência na hora de empurrar para as redes a culpa, definitivamente, não é de Renê, o time chegou lá na cara do gol e não soube aproveitar.
O Ceará produziu pouco durante o jogo (devo estar louco! 3x0 queria mais?) o Baêa segurou legal no 1º tempo e também até criou mais contra um Ceará retrancado e jogando com três zagaeiros; foi senhor absoluto também no 2º tempo até levar o segundo gol, e aí foi um Deusnosacuda!
O segundo gol vai pra conta do Paulo Miranda que continua cometendo erros fatais e o terceiro vai pra conta do tal do Thiago que não é goleiro nem aqui, nem em lugar nenhum! PelamoedeDeus! Coloco na conta do professor só a substituíção de Lomba por Thiago, porque não o Omar? Essa peste de frangueiro não segura nada, é pior que arame liso, a gente sofreu o que sofreu no Baianão, o que é que esse cidadão faz no banco do Baêa? Pior: ele entra no jogo!!!! O melhor goleiro do estadual foi contratado pelo esquadrão, não foi?
Cadê Jair? Cadê João Neto?
Não vamos depositar a culpa dos insucessos do time em Renê, não, mas quem é que vai pagar a conta?
Com certeza a torcida que lota Pituaçu a cada jogo e na maioria das vezes sai de lá triste e revoltado. Que 'inhaca' da zorra é essa rapá? Essa história de que joga bem e não levou já deu. A gente quer muito mais que isso aí. Jobson vai fazer uma falta retada, mas a gente continua torcendo porque é torcedor, mas a gente tá de olho. Tamo livrando sua cara aí Renê, mas acorda esse povo senão a gente vai invadir essa porra de campo e fazer nosso protesto. Pronto, falei.
Alam Félix é professor de teatro e tricolor fanático, obviamente!
É bolada, torcedor especializado!
O CORPO COREOGRÁFICO NAS PARTIDAS DE FUTEBOL: Goleiros
Ah, se eu tivesse tempo para esta empreitada!
Sempre fiquei maravilhada com o movimento do corpo dos jogadores durante as partidas de futebol. E antes que vocês pensem que eu sou uma tarada que se admite publicamente, vou logo esclarecendo. Fico encantada com a coreografia não pensada pelo cérebro, mas sim idealizada, concebida, conduzida e performatizada pelo corpo. O corpo é quem pensa e a mente não é mais que parte do corpo numa partida de futebol.
Eu não sou a única. Sei que tem alguém que fez um vídeo com os movimentos do corpo no futebol e na edição tirou a bola, o que revelou uma belíssima coreografia. Tentei achar no youtube, mas não achei. Nem me lembro onde vi isso, foi numa revista, eu acho. Tanta fonte que a gente se afoga...
Bom, mas enquanto eu não acho esse vídeo e não faço a minha peça inspirada nestes movimentos, vamos a uma seleção de imagens inspiradoras.
Aqui começa uma seleção de imagens para estudo de uma possível coreografia a partir deste universo. Quem sabe não é o começo de um trabalho mais profundo? Há um ano eu comprei o livro o Corpo Poético de Le Coq e ate hoje nem o li. Quem sabe agora...
Que tenhamos todos uma semana MOVIMENTADA!
Sempre fiquei maravilhada com o movimento do corpo dos jogadores durante as partidas de futebol. E antes que vocês pensem que eu sou uma tarada que se admite publicamente, vou logo esclarecendo. Fico encantada com a coreografia não pensada pelo cérebro, mas sim idealizada, concebida, conduzida e performatizada pelo corpo. O corpo é quem pensa e a mente não é mais que parte do corpo numa partida de futebol.
Eu não sou a única. Sei que tem alguém que fez um vídeo com os movimentos do corpo no futebol e na edição tirou a bola, o que revelou uma belíssima coreografia. Tentei achar no youtube, mas não achei. Nem me lembro onde vi isso, foi numa revista, eu acho. Tanta fonte que a gente se afoga...
Bom, mas enquanto eu não acho esse vídeo e não faço a minha peça inspirada nestes movimentos, vamos a uma seleção de imagens inspiradoras.
Aqui começa uma seleção de imagens para estudo de uma possível coreografia a partir deste universo. Quem sabe não é o começo de um trabalho mais profundo? Há um ano eu comprei o livro o Corpo Poético de Le Coq e ate hoje nem o li. Quem sabe agora...
O CORPO COREOGRÁFICO NAS PARTDAS DE FUTEBOL
PRIMEIRO MOVIMENTO: GOLEIROS EM OPOSIÇÕES
Eu acredito que o movimento corporal dos goleiros trazem em si uma aparente contradição: São aterrados como índios num toré, com suas bases atavicamente apoiadas ao chão de terra e grama, de onde tirarão força para o vôo. E aqui a antítese: do ground ao vôo. Goleiros são leves como pássaros que voam com grande lateralidade, como flechas que abusam do movimento diagonal. Braços e pernas em direções opostas desenhando aquele homem-ave em pleno pulo de gato. E o corpo que pensa estratégias e executa defesas, impera absoluto na condução do existir dentro do jogo.
É, são muitas as imagens. Se tiver alguma outra leitura visual do movimento do goleiro, compartilhe comigo, nos comentários:
Aqui eu de goleira, já um resultado estético desta inspiração: Toré de Artista |
Que tenhamos todos uma semana MOVIMENTADA!
Próximo movimento: ZAGUEIROS QUE REBOLAM
É BOLADA, GOLEIRO-BAILARINO!
domingo, 21 de agosto de 2011
JUIZ, FÉLA DA POOTA, vai esculhambar o jogo de outro
Eu juro que eu me controlei pra não escrever, porque ia ficar parecendo mágoa de cabocla, parecendo choradeira de quem perdeu, mas agora num dá mais, né gente...
E vai numa linguagem de torcedor mesmo, viu.
A gente vai fingir que não tá uma esculhambação este campeonato brasileiro até quando, hein? A gente vai fingir que num tá vendo o esquema montado para manter os times da ‘periferia’ do Brasil fora dos grandes campeonatos, longe das zonas de classificação, até quando?
Quantos times do Nordeste e do Norte ainda estão na série A? Até quando? É um esquema, gente, tô falando.
Porque, pela mãe do guarda, o que os juízes têm feito com o time do Bahia neste campeonato é uma coisa assustadora. Vai dizer que eu tô exagerando? Gols legais anulados, pênaltis não marcados para nós e marcados para eles quando não há, cartão amarelo a toda hora, passar do tempo regulamentar e dos acréscimos anunciados, fala sério.
O Bahia, como grande time que é, vai se mantendo firme, dando trabalho para os grandes times. Diz pra mim se o Bahia não deu baile no Corinthians, no Santos, no Flamengo, no Fluminense e mesmo no Vasco? Diz, honestamente se não é time pra G4. É, gente. Não ganhou, mas também não perdeu para times que estão no G4. E o líder só ganhou porque o juiz roubou mais do que político quando se elege. Que porra de jogo foi aquele? E Neto dizendo que o Corinthians tava melhor... a onde? Sofrendo pra manter o 1 X 0 fruto de um pênalti roubado.
Ah, tá ficando feio e chato e a gente precisa fazer alguma coisa, fazer um barulho. Acabar com essa sujeira a gente não vai, mas pelo menos tem que dizer que tá feio, que tá todo mundo percebendo.
E não é só contra o Bahia, não. Depois dos jogos, é uma chuva de denúncia nas redes sociais. O Inter hoje com o Flamengo... Olha gente, eu sei que estudo futebol na academia, e não sou assim especialista no jogo pra falar com propriedade de macho, mas peraí, eu achei o juiz muito ladrão pro Flamengo. Muito cartão amarelo pro Inter, o gol de Ronaldinho foi meio roubo do cara lá na barreira, num foi não? Eu hein.
Isso não é de hoje, né. Aqui mesmo nesse blog eu falei do Vasco de 23, quando todos os times cariocas se indignaram que aquele time de pretos que acabara de subir para a primeira divisão estava ganhando de todos. Não conseguiram tirar o campeonato do Vasco, mas pelo menos tiraram sua invencibilidade que tornava a humilhação ainda maior. Todos os times cariocas se juntaram, sobretudo os arquirrivais Flamengo e Fluminense, para baterem no Vasco (que agora cresceu, virando time grande e ganhou roubado do Bahia, quando o jogo já tinha acabado e o juiz não marcou a falta no goleiro do Bahia).
E como se os juízes não fossem suficientes para a sacanagem, ainda escalaram para o time da putaria os comentaristas da Globo e da Band que para humilharem o futebol do Norte-Nordeste (e tudo o mais que a gente fizer por aqui) até deixam de ser rivais. Isso sim é INACREDITÁVEL. ISSO SIM É UMA BOA DUMA BOLA MURCHA.
Quem consegue assistir a um jogo na Band, quando o time adversário é paulista? Fala sério, eles não percebem, não, que aquilo é uma vergonha? Que eles simplesmente ignoram que o Brasil é muito mais do que São Paulo. Eles narram o jogo sempre do ponto de vista do time paulista. Bem assim é a Globo com os times do Rio. Ok, quer colocar torcedor para comentar, coloca dos dois times, porra. Eu sou corintiana também, mas aguentar Neto, ninguém merece, né. E cá pra nós, eu já cansei da briga encenada dele com o insuportável do apresentador do Terceiro Tempo que eu esqueci o nome e tô com preguiça de procurar. Chato! Milton Neves, lembrei quando estava revisando o texto.
E os comentaristas da Globo? Júnior, flamenguista e Casagrande, corintiano. Dá pra ser feliz com tanta manipulação?
Eles, além de desagradáveis eles fazem um papel nojento, que é o de esconder as merdas que os juízes vêm fazendo. Eles mesmos, podem perceber, se dedicam meia hora a defender o juiz quando a merda é inegável. Eles querem colocar a todo custo a leitura deles na cabeça dos espectadores. O lance do gol de Ronadinho mesmo hoje, e o cartão vermelho do Inter, eles falaram demais. Se tivesse mesmo tudo certo eles não precisariam fazer tanta falação. A gente sente a voz deles insegura, vê que eles tão criando uma argumentação para livrar a cara do juiz e não permitir que a polêmica seja criada durante a semana nos botecos, bancas, padarias e açougues... Eu estudo recepção, gente, eu sinto a dissimulação.
Ai, que raiva, viu.
E tem mais, eu acho isso uma sacanagem com o futebol e um tiro no pé. Porque vai ficar tão feio que a gente vai acabar escolhendo algo que realmente nos represente, que fale de nós. Estão definitivamente tirando o futebol do povo, fazendo dele um negócio podre, burocrático, falso, manipulado, tirando dele seu elemento fundamental que é o destino, o imponderável, o emergente. Sem isso, acabou. Para ver cena montada a gente tem os teatro, que passou pelo mesmo processo de burocratização e sequestro de seu verdadeiro dono: o povo. Pois a gente vai fazer o mesmo que fizemos com o teatro: Vamos deixar de lado, deixar de ir, deixar de ver, deixar de acreditar.
Eu sempre quis, na minha pesquisa, identificar uma possibilidade do teatro encontrar no futebol uma forma de voltar ao povo, até o momento em que me dei conta que o futebol já era em si o teatro do povo.
Mal sabia eu que era o futebol quem corria o risco de se vender como o teatro. Queria que ainda houvesse salvação, mas pra ser sincera, não acredito não.
E que ironia do destino. Vai acabar o juiz tendo não só o poder de acabar com o jogo, como também pôr fim ao futebol. Que cômico. Que trágico.
É BOLADA, TORCEDOR USURPADO!
E vai numa linguagem de torcedor mesmo, viu.
A gente vai fingir que não tá uma esculhambação este campeonato brasileiro até quando, hein? A gente vai fingir que num tá vendo o esquema montado para manter os times da ‘periferia’ do Brasil fora dos grandes campeonatos, longe das zonas de classificação, até quando?
Quantos times do Nordeste e do Norte ainda estão na série A? Até quando? É um esquema, gente, tô falando.
Porque, pela mãe do guarda, o que os juízes têm feito com o time do Bahia neste campeonato é uma coisa assustadora. Vai dizer que eu tô exagerando? Gols legais anulados, pênaltis não marcados para nós e marcados para eles quando não há, cartão amarelo a toda hora, passar do tempo regulamentar e dos acréscimos anunciados, fala sério.
O Bahia, como grande time que é, vai se mantendo firme, dando trabalho para os grandes times. Diz pra mim se o Bahia não deu baile no Corinthians, no Santos, no Flamengo, no Fluminense e mesmo no Vasco? Diz, honestamente se não é time pra G4. É, gente. Não ganhou, mas também não perdeu para times que estão no G4. E o líder só ganhou porque o juiz roubou mais do que político quando se elege. Que porra de jogo foi aquele? E Neto dizendo que o Corinthians tava melhor... a onde? Sofrendo pra manter o 1 X 0 fruto de um pênalti roubado.
Ah, tá ficando feio e chato e a gente precisa fazer alguma coisa, fazer um barulho. Acabar com essa sujeira a gente não vai, mas pelo menos tem que dizer que tá feio, que tá todo mundo percebendo.
E não é só contra o Bahia, não. Depois dos jogos, é uma chuva de denúncia nas redes sociais. O Inter hoje com o Flamengo... Olha gente, eu sei que estudo futebol na academia, e não sou assim especialista no jogo pra falar com propriedade de macho, mas peraí, eu achei o juiz muito ladrão pro Flamengo. Muito cartão amarelo pro Inter, o gol de Ronaldinho foi meio roubo do cara lá na barreira, num foi não? Eu hein.
Isso não é de hoje, né. Aqui mesmo nesse blog eu falei do Vasco de 23, quando todos os times cariocas se indignaram que aquele time de pretos que acabara de subir para a primeira divisão estava ganhando de todos. Não conseguiram tirar o campeonato do Vasco, mas pelo menos tiraram sua invencibilidade que tornava a humilhação ainda maior. Todos os times cariocas se juntaram, sobretudo os arquirrivais Flamengo e Fluminense, para baterem no Vasco (que agora cresceu, virando time grande e ganhou roubado do Bahia, quando o jogo já tinha acabado e o juiz não marcou a falta no goleiro do Bahia).
E como se os juízes não fossem suficientes para a sacanagem, ainda escalaram para o time da putaria os comentaristas da Globo e da Band que para humilharem o futebol do Norte-Nordeste (e tudo o mais que a gente fizer por aqui) até deixam de ser rivais. Isso sim é INACREDITÁVEL. ISSO SIM É UMA BOA DUMA BOLA MURCHA.
Quem consegue assistir a um jogo na Band, quando o time adversário é paulista? Fala sério, eles não percebem, não, que aquilo é uma vergonha? Que eles simplesmente ignoram que o Brasil é muito mais do que São Paulo. Eles narram o jogo sempre do ponto de vista do time paulista. Bem assim é a Globo com os times do Rio. Ok, quer colocar torcedor para comentar, coloca dos dois times, porra. Eu sou corintiana também, mas aguentar Neto, ninguém merece, né. E cá pra nós, eu já cansei da briga encenada dele com o insuportável do apresentador do Terceiro Tempo que eu esqueci o nome e tô com preguiça de procurar. Chato! Milton Neves, lembrei quando estava revisando o texto.
E os comentaristas da Globo? Júnior, flamenguista e Casagrande, corintiano. Dá pra ser feliz com tanta manipulação?
Eles, além de desagradáveis eles fazem um papel nojento, que é o de esconder as merdas que os juízes vêm fazendo. Eles mesmos, podem perceber, se dedicam meia hora a defender o juiz quando a merda é inegável. Eles querem colocar a todo custo a leitura deles na cabeça dos espectadores. O lance do gol de Ronadinho mesmo hoje, e o cartão vermelho do Inter, eles falaram demais. Se tivesse mesmo tudo certo eles não precisariam fazer tanta falação. A gente sente a voz deles insegura, vê que eles tão criando uma argumentação para livrar a cara do juiz e não permitir que a polêmica seja criada durante a semana nos botecos, bancas, padarias e açougues... Eu estudo recepção, gente, eu sinto a dissimulação.
Ai, que raiva, viu.
E tem mais, eu acho isso uma sacanagem com o futebol e um tiro no pé. Porque vai ficar tão feio que a gente vai acabar escolhendo algo que realmente nos represente, que fale de nós. Estão definitivamente tirando o futebol do povo, fazendo dele um negócio podre, burocrático, falso, manipulado, tirando dele seu elemento fundamental que é o destino, o imponderável, o emergente. Sem isso, acabou. Para ver cena montada a gente tem os teatro, que passou pelo mesmo processo de burocratização e sequestro de seu verdadeiro dono: o povo. Pois a gente vai fazer o mesmo que fizemos com o teatro: Vamos deixar de lado, deixar de ir, deixar de ver, deixar de acreditar.
Eu sempre quis, na minha pesquisa, identificar uma possibilidade do teatro encontrar no futebol uma forma de voltar ao povo, até o momento em que me dei conta que o futebol já era em si o teatro do povo.
Mal sabia eu que era o futebol quem corria o risco de se vender como o teatro. Queria que ainda houvesse salvação, mas pra ser sincera, não acredito não.
E que ironia do destino. Vai acabar o juiz tendo não só o poder de acabar com o jogo, como também pôr fim ao futebol. Que cômico. Que trágico.
É BOLADA, TORCEDOR USURPADO!
sexta-feira, 22 de julho de 2011
MAIS DEMORADA QUE JOGADOR CONTUNDIDO
Oi, gente.
Eita que eu demorei de voltar mais do que jogador contundido, num foi?
Muitos motivos, quem os deseja conehcer pode acessar o http://www.artedoespectador.blogspot.com/, os dois últimos posts.
Não falei do mico da Seleção Brasileira na Copa América, da vontade que eu tive de tomar uma champagnhe com Dunga, porque eu tenho certeza que ele estourou uma e com toda razão...
Não falei da palhaça do projeto Neymar sendo publicados verdadeiros dossiês sobre o Novo Rei na Veja, na Caras, na Placar, tudo ao mesmo tempo, na semana de início da referida Copa.
Não falei da roubalheira dos árbitros em jogos de grandes contra o meu grande Bahia, desde o jogo com o Timão, até o último contra o Cruzeiro.
Não falei da delícia de ver Jael pirraçando os rubro-negros, colocando um pouquinho de tempero na existência frouxa e insípida dos jogadores de futebol de hoje.
Não falei da parceria na nova Granja de Rogério Ceni e Júlio César.
Não falei que eu acho o novo padrão do Bahia lindo!
Mas, listado boa parte daquilo que eu adoraria ter falado, fora os textos teóricos que eu tenho produzido sobre teatro e futebol e que quero muito publciar aqui, vamos andar pra frente, né, que cada jogo é 3 pontos.
Volto à ativa e espero recuperar cada um dos meus leitores que desistiram de meu blog porque encontrava sempre o mesmo post desatualizado.
Já já eu faço um post-conceito que esse aqui, fala sério, é só um post-comentário.
Eita que eu demorei de voltar mais do que jogador contundido, num foi?
Muitos motivos, quem os deseja conehcer pode acessar o http://www.artedoespectador.blogspot.com/, os dois últimos posts.
Não falei do mico da Seleção Brasileira na Copa América, da vontade que eu tive de tomar uma champagnhe com Dunga, porque eu tenho certeza que ele estourou uma e com toda razão...
Não falei da palhaça do projeto Neymar sendo publicados verdadeiros dossiês sobre o Novo Rei na Veja, na Caras, na Placar, tudo ao mesmo tempo, na semana de início da referida Copa.
Não falei da roubalheira dos árbitros em jogos de grandes contra o meu grande Bahia, desde o jogo com o Timão, até o último contra o Cruzeiro.
Não falei da delícia de ver Jael pirraçando os rubro-negros, colocando um pouquinho de tempero na existência frouxa e insípida dos jogadores de futebol de hoje.
Não falei da parceria na nova Granja de Rogério Ceni e Júlio César.
Não falei que eu acho o novo padrão do Bahia lindo!
Mas, listado boa parte daquilo que eu adoraria ter falado, fora os textos teóricos que eu tenho produzido sobre teatro e futebol e que quero muito publciar aqui, vamos andar pra frente, né, que cada jogo é 3 pontos.
Volto à ativa e espero recuperar cada um dos meus leitores que desistiram de meu blog porque encontrava sempre o mesmo post desatualizado.
Já já eu faço um post-conceito que esse aqui, fala sério, é só um post-comentário.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
BOAS FESTAS JUNINAS
Caros amigos e amigas.
São Jão é no interior, né? E no interior a vida real - felizmente - ainda é maior, bem maior, que a vida virtual. Pelo menos no meu caso.
Assim, não tenho muito acesso à INTERNET quando estou na casa da minha família e, cá pra nós, não me mobiliza muito ir à lan-house.
Assim, ficaremos um tempo sem postar, sem atualizar as páginas, mas - sem dúvida - atualizando a vida e produzindo muita experiência a ser postada, fotografada ou mesmo encenada no futuro.
Grande abraço a todos!
Bom São João, São Pedro e 2 de Julho!
São Jão é no interior, né? E no interior a vida real - felizmente - ainda é maior, bem maior, que a vida virtual. Pelo menos no meu caso.
Assim, não tenho muito acesso à INTERNET quando estou na casa da minha família e, cá pra nós, não me mobiliza muito ir à lan-house.
Assim, ficaremos um tempo sem postar, sem atualizar as páginas, mas - sem dúvida - atualizando a vida e produzindo muita experiência a ser postada, fotografada ou mesmo encenada no futuro.
Grande abraço a todos!
Bom São João, São Pedro e 2 de Julho!
quinta-feira, 16 de junho de 2011
DE ARTISTA A MECENAS: sempre um fenômeno
Muito se tem criticado Ronaldo Fenômeno porque é um grande hobby, para alguns, criticá-lo, sobretudo aqueles que têm uma dorzinha quando assistem ao sucesso alheio.
Sei que Ronaldo não é nenhum santo. Sei que a comoção que a Globo tentou criar na sua despedida da seleção não colou e ficou mesmo foi uma senhora canastrice. Uma sugestão do que talvez fosse para ser. Enfim, análise dos espetáculos, por quem está meio que condicionada a ver a vida assim. Isso é bom e ruim...
Mas, o personagem-ator-jogador em si, ah, desse todo mundo sabe que eu sou fã mesmo. E olha que eu tento achar os defeitos dele maiores que suas qualidades, mas eu não consigo.
Eu achei muito generoso, corajoso e provocador ele ter a coragem de fazer uma despedida daquele jeito. Gordo até não poder mais. Pesado, sem reflexo. Quem mais poderia se dar ao luxo de terminar a carreira como atleta mostrando todas as suas antigas qualidades transformadas em defeitos? Quem se permitiria protagonizar um espetáculo revelando a distância entre o que outrora era virtuose e agora vira piada?
Só os grandes homens (e mulheres) são capazes de rir de si mesmo. De reconhecer seus 'agoras' e viver com eles, e incorporá-los à sua nova condição.
E Ronaldo, gênio que é, sabe que pode rir e fazer rir os outros de sua inabilidade no campo, porque sabe que dela não precisa mais, a não ser como memória, como tijolos firmes e rijos de uma sólida história.
Pode rir de si mesmo, o Fenômeno, porque até mesmo este gesto o aproxima do homem comum, faz dele o Ronaldo gente, simpático, carismático e amigo próximo.
Agora, ele vai dedicar-se àquilo que tanto fez jogando pesado no campo: ganhar dinheiro. Assistindo ao jogo de despedida, uma amiga falou:
"Gente, esse homem ganhou muito dinheiro."
Eu disse:
"Que nada. Ele vai começar a ganhar dinheiro agora."
George Matos, leitor e amigo de infância, mandou pra mim por email um texto de um blog falando desse Ronaldo empresário TRISTE FUTEBOL DA ERA RONALDO e de alguma forma, criticando sua atuação nessa área, fazendo uma ligação entre essa nova era Ronaldo, com o momento do futebol em que o dinheiro é quem manda. Eu entrei na briga com ele e respondi:
"O mercantilismo do futebol não é uma invenção de Ronaldo, e este não é o primeiro culpado por o futebol estar se tornando a merda que está (como o teatro fez no século XIX e XX). Fica parecendo que é culpa de Ronaldo. Eu acho uma merda também, futebol ser indústria, e o público ficar cada vez mais distante. Eu gostaria muito que o futebol conseguisse vencer este modelo, o que não foi possível com o teatro. Agora, volto a repetir, Ronaldo não é o inventor deste modelo. Talvez o modelo inventado por Ronaldo é o de que a grana não vai só para a mão do cartola, mas do jogador empresário. Ou melhor, de que o lugar do jogador não é mais apenas o de suar a camisa, se desgraçar de trabalhar fisicamente e ficar com 'cachê'. Eu acho que, pelo menos, Ronaldo inaugura o modelo do jogador que pensa - e pensa muito - na profissão como investimento, sobretudo para depois da aposentadoria. Não estou dizendo que este modelo é bom, só não acho pior do que o dinheirão ir para a mão dos cartolas."
Pois eu sei que meus argumentos são meio (ou muito) ingênuos para quem é expert em futebol (ora, somos todos experts em futebol... até doutorandos!) É que eu prefiro falar assim, com meus argumentos toscos, mas é o que eu penso mesmo, sabe, essa minha admiração por Ronaldo que é meio de todo brasileiro e eu acho que os comentaristas e colunistas e especialistas e tudo-istas tem uma tendência a escrever sobre as coisas com as quais não concorda e fica um reclama-reclama sem fim. E no fundo (eu escrevo blog de futebol e de teatro e sei bem que) quem escreve - sobretudo se dizendo especialistas - escreve porque de algum modo, em algum lugar do passado desejou fazer do universo sobre o qual escreve seu próprio mundo, sua própria história e, por uma razão ou por outra, não conseguiu e, tranquilamente (ou não) continua no ramo, só que comentando, criticando, criando hipóteses, sugerindo como seria se fosse ele...
Eu, por mim, gosto muito de falar das coisas que gosto e assumir algumas das minhas dúvidas e inabilidades (aquelas que consigo enxergar). E se é pra falar do que eu gosto, pode ter certeza, que vai rolar o nome do Fenômeno no meio.
Porque, como já falei inúmeras vezes, admiro sua simpatia, seu carisma, seu talento, sua competência para o jogo e para o mercado. A forma como se faz respeitar por todos, sobretudo por essa mídia nojenta que respeita pouquíssima gente. Admiro sua história, sua trajetória, a forma como conduziu e como continua conduzindo sua carreira. Considero-o um marco na nossa geração e um modelo de insistência e perseverança.
Se sai do palco do futebol, como artista genial que foi, entra para seus bastidores, e quem sabe possa introduzir neste mundo mercantilista cinza e estéril, alguma vida, alguma alegria e algum valor humano. Respeito, inteligência e humanidade para isso, eu tenho certeza que ele tem. A REVISTA PLACAR deste mês dedica-se a reconhecer o talento do menino dentro e fora do Campo. Apesar de ser um texto chato, vale a pena conferir.
É bolada, artista-empreendedor!
sexta-feira, 3 de junho de 2011
HOCKEY: Uma cidade desvelada num esporte paixão nacional - Por Cecília Accyoli
Gente.
A bonita da Cecília não foi para Pituaçu com a gente, quando a turma de doutorado foi ver BAHIA X NÁUTICO o ano passado. Ela foi viver coisa parecida lá no frio do Canadá, pode? E aí, a gente conversando sobre a experiência eu a INTIMEI a escrever para o Blog. Quando ela voltar, já sabe, né: sol escaldante na cabeça. Pituaçu, sem falta, bonita.
Curtam um pouquinho da paixão nacional canadense.
*********************************************************************************
Como me descobri CANUCK!!! Cecília Accioly
A convite de minha querida Drica, aceitei o desafio de escrever esta nota sobre uma experiência completamente nova:
Assistir (e torcer) a um jogo de Hockey!
Fomos, eu e alguns amigos canadenses, a um típico pub, em Downtown Vancouver, assistir à semi-final da Stanley Cup – da Liga Nacional de Hockey (NHL). A primeira coisa que passou pela miha cabeça foi: como se assiste a este jogo? Quais as regras? Pode gritar? Como seria torcer por um jogo que eu ainda não conhecia?
O jogo: San Jose Sharks vs. Vancouver Canucks. Semi-final. Jogo de volta – os Canucks ganharam o primeiro na ensolarada casa do adversário. O pub lotado. Todos em seus acentos com olhos nos enormes televisores espalhados pelo local. Todos de azul, branco e verde...eu estava de azul.
E para comer?? Via os garçons freneticamente passando com os enormes sanduíches – tamanho canadense – muitos nachos, yam fries... para mim: Chicken BBQ pizza. O jogo teve sabor de pizza de frango ao molho de churrasco com cebolas roxas, coentro e jalapeño. Enormes copos de cerveja de aveia desfilavam e faziam barulho nas mesas, acompanhando os sons dos talheres, das conversas...
O jogo começa...uma enorme tensão se instala. Primeiro, o hino estadunidense do adversário visitante, depois, o local para, todos se levantam, e cantam a plenos pulmões com todo orgulho seu hino bilingue: “O Canada! Our home and native land! … Ô Canada! Terre de nos aïeux...”, “O Canada, we stand on guard for thee. … Protégera nos foyers et nos droits”. O disco é liberado, e começa o movimento dos jogadores.
A velocidade é incrível! A agilidade dos jogadores também. O jogo dura um total de 60 minutos, divididos em três tempos de 20 minutos, com intervalos de trinta minutos e mais dois minutos de intervalo durante cada tempo para os comerciais da TV. Sendo necessário, tem-se mortes súbitas até que o jogo se defina.
E, de repente, aqueles cidadãos silenciosos, com um enorme respeito ao espaço individual alheio, que falam baixo, e se tocam em caso de necessidade ou intimidade se transformam.
Eles gritam como se interferissem no andamento do jogo, xingam o técnico, o juíz, levantam, roem unhas, acompanham com radinhos (no país da tecnologia, são seus iPods, iPads, iPhones4...mas da mesma forma que conhecemos aquelas criaturas que precisando de mais de uma narração assistem pela TV e ouvem seus radinhos de pilha que não abandonam neste momento de sofrimento, paixão...deleite.).
E o grito de GOOOOOOLLLLL! Sim, no Hockey grita-se gol...Goal! Meta atingida! E as pessoas se abraçam...e se sentem no estádio – por sinal bem perto dali – e beijam suas camisas, e choram, e pedem mais cerveja, e comem mais snacks...e eu mais uma fatia de minha pizza.
Resultado do Jogãããão: 3 para o Canucks, 2 para o Sharks! Sim...os tubarões perderam num jogo eletrizante, hipnotizante, de movimentos rápidos, certeiros, de lâminas cruzando o gelo, de jogadores imprensados contra as paredes que cercam a arena, de tacos e miras e um fantástico espírito de equipe! Lindo!
E o VANCOUVER CANUCKS, após 17 anos, está na FINALLLLL!!!! O narrador gritava sem parar! Do jeito que nós conhecemos, falando rápido, abraçando os comentaristas – técnicos, jogadores e juízes antigos que, não atuando mais, participam com seus discursos verbais...
E vi a cidade tomada por bandeiras, pessoas orgulhosamente vestidas....e percebi que elas sempre estiveram lá...explodindo deste amor pelo time, mesmo ele não estando numa final há 17 ANOS. Mas de repente às enxerguei pelo jogo, e de repente eu estava torcendo também, e de repente gritava xingamentos e falava com o técnico através da TV... e perguntei a um de meus amigos o que significava Canuck...: “é o mesmo que canadense, só que num apelido...”. E lembrei da Bahia e do Baêa... e via as pessoas gritando “Go Canucks, Go!” nas ruas...e os mesmo dizeres nos ônibus...e vi uma cidade apaixonada...e pelo jornal, um país apaixonado pelo seu representante nesta copa norteamericana.
A Grande Final terá início nesta quarta-feira, 1 de junho de 2011. Mas o sofrimento é enorme, pois dura 7 jogos. E dia quinze de junho de 2011 teremos finalmente o resultado, na Arena Rogers, Casa dos Canucks, do último jogo entre o time de Vancouver e o BOSTON BRUINS.
Uma linda batalha do Oeste contra o Leste... E que vença o melhor...mas, de coração, GO CANUCKS, GO!!!!!
É bolada, canadense!!!
Links elucidativos:
http://www.nhl.com/index.html
http://canucks.nhl.com/
A bonita da Cecília não foi para Pituaçu com a gente, quando a turma de doutorado foi ver BAHIA X NÁUTICO o ano passado. Ela foi viver coisa parecida lá no frio do Canadá, pode? E aí, a gente conversando sobre a experiência eu a INTIMEI a escrever para o Blog. Quando ela voltar, já sabe, né: sol escaldante na cabeça. Pituaçu, sem falta, bonita.
Curtam um pouquinho da paixão nacional canadense.
Cecília, cumprindo créditos no Canadá |
*********************************************************************************
Como me descobri CANUCK!!! Cecília Accioly
A convite de minha querida Drica, aceitei o desafio de escrever esta nota sobre uma experiência completamente nova:
Assistir (e torcer) a um jogo de Hockey!
Fomos, eu e alguns amigos canadenses, a um típico pub, em Downtown Vancouver, assistir à semi-final da Stanley Cup – da Liga Nacional de Hockey (NHL). A primeira coisa que passou pela miha cabeça foi: como se assiste a este jogo? Quais as regras? Pode gritar? Como seria torcer por um jogo que eu ainda não conhecia?
O jogo: San Jose Sharks vs. Vancouver Canucks. Semi-final. Jogo de volta – os Canucks ganharam o primeiro na ensolarada casa do adversário. O pub lotado. Todos em seus acentos com olhos nos enormes televisores espalhados pelo local. Todos de azul, branco e verde...eu estava de azul.
E para comer?? Via os garçons freneticamente passando com os enormes sanduíches – tamanho canadense – muitos nachos, yam fries... para mim: Chicken BBQ pizza. O jogo teve sabor de pizza de frango ao molho de churrasco com cebolas roxas, coentro e jalapeño. Enormes copos de cerveja de aveia desfilavam e faziam barulho nas mesas, acompanhando os sons dos talheres, das conversas...
O jogo começa...uma enorme tensão se instala. Primeiro, o hino estadunidense do adversário visitante, depois, o local para, todos se levantam, e cantam a plenos pulmões com todo orgulho seu hino bilingue: “O Canada! Our home and native land! … Ô Canada! Terre de nos aïeux...”, “O Canada, we stand on guard for thee. … Protégera nos foyers et nos droits”. O disco é liberado, e começa o movimento dos jogadores.
A velocidade é incrível! A agilidade dos jogadores também. O jogo dura um total de 60 minutos, divididos em três tempos de 20 minutos, com intervalos de trinta minutos e mais dois minutos de intervalo durante cada tempo para os comerciais da TV. Sendo necessário, tem-se mortes súbitas até que o jogo se defina.
E, de repente, aqueles cidadãos silenciosos, com um enorme respeito ao espaço individual alheio, que falam baixo, e se tocam em caso de necessidade ou intimidade se transformam.
Eles gritam como se interferissem no andamento do jogo, xingam o técnico, o juíz, levantam, roem unhas, acompanham com radinhos (no país da tecnologia, são seus iPods, iPads, iPhones4...mas da mesma forma que conhecemos aquelas criaturas que precisando de mais de uma narração assistem pela TV e ouvem seus radinhos de pilha que não abandonam neste momento de sofrimento, paixão...deleite.).
E o grito de GOOOOOOLLLLL! Sim, no Hockey grita-se gol...Goal! Meta atingida! E as pessoas se abraçam...e se sentem no estádio – por sinal bem perto dali – e beijam suas camisas, e choram, e pedem mais cerveja, e comem mais snacks...e eu mais uma fatia de minha pizza.
Resultado do Jogãããão: 3 para o Canucks, 2 para o Sharks! Sim...os tubarões perderam num jogo eletrizante, hipnotizante, de movimentos rápidos, certeiros, de lâminas cruzando o gelo, de jogadores imprensados contra as paredes que cercam a arena, de tacos e miras e um fantástico espírito de equipe! Lindo!
E o VANCOUVER CANUCKS, após 17 anos, está na FINALLLLL!!!! O narrador gritava sem parar! Do jeito que nós conhecemos, falando rápido, abraçando os comentaristas – técnicos, jogadores e juízes antigos que, não atuando mais, participam com seus discursos verbais...
E vi a cidade tomada por bandeiras, pessoas orgulhosamente vestidas....e percebi que elas sempre estiveram lá...explodindo deste amor pelo time, mesmo ele não estando numa final há 17 ANOS. Mas de repente às enxerguei pelo jogo, e de repente eu estava torcendo também, e de repente gritava xingamentos e falava com o técnico através da TV... e perguntei a um de meus amigos o que significava Canuck...: “é o mesmo que canadense, só que num apelido...”. E lembrei da Bahia e do Baêa... e via as pessoas gritando “Go Canucks, Go!” nas ruas...e os mesmo dizeres nos ônibus...e vi uma cidade apaixonada...e pelo jornal, um país apaixonado pelo seu representante nesta copa norteamericana.
A Grande Final terá início nesta quarta-feira, 1 de junho de 2011. Mas o sofrimento é enorme, pois dura 7 jogos. E dia quinze de junho de 2011 teremos finalmente o resultado, na Arena Rogers, Casa dos Canucks, do último jogo entre o time de Vancouver e o BOSTON BRUINS.
Uma linda batalha do Oeste contra o Leste... E que vença o melhor...mas, de coração, GO CANUCKS, GO!!!!!
É bolada, canadense!!!
Links elucidativos:
http://www.nhl.com/index.html
http://canucks.nhl.com/
segunda-feira, 30 de maio de 2011
UMA TORCIDA ARTILHEIRA
Gente, gente.
A vida está uma loucura lá pras bandas do http://www.artedoespectador.blogpsot.com/
Bem que Jesus avisou que em tendo dois deuses, num momento você abandona um para cuidar de outro.
E fora o blog, tem todas aquelas questões políticas e cotidianas no facebook, orkut e twitter.
Enfim, muita coisa para essa mãe-professora (em greve), pesquisadora-cozinheira-lavadeira de roupa que não pode ir pra máquina...
Mas, nada, absolutamente nada pode me impedir de comentar o jogo de ontem, né...
Os insuportáveis repórteres-comentaristas-garotos-propaganda de tudo que puder ser anunciado naquele chato daquele programa da Bandeirantes já estavam fazendo bolão para ver se o Flamengo ia dar 4 ou 6 a zero no meu tricolor. Afi, que aquilo foi enchendo a gente... O Gaúcho (porque Ronaldo só tem um), reservou boate e tudo mais para comemorar a suposta vitória (argh).
Mas esse povo deve achar que tá fazendo é novela e não futebol. Certos de que sabiam o final, já tinham como certo não apenas a vitória (argh) do Flamengo, mas também a lavada.
Lavada?
Lavada ficou a alma do tricolor quando o Bahia fez o primeiro gol! Eu fico só imaginando a coisa linda que deve ter sido Pituaçu, porque eu não pude ir. Quando tentei comprar ingresso, já era até piada, não tinha nem pra remédio.
A cidade era tricolor geral! Que torcida linda, gente. Vai enfrentar um monstro do futebol brasileiro, sabendo que seu time tá daquele jeito que a gente não queria, mas ainda assim, veste sua camisa, hasteia suas bandeiras, coloca seus bonés, adorna sua janela, tudo para fazer parte da grande festa do futebol Baêano.
E eu digo, quem ganhou esse empate foi a torcida tricolor. Penso se Aristóteles estivesse vivo, ele ia ficar no meio da torcida gritando: CATARSE! CATARSE!
Porque foi isso que aconteceu em Pituaçu ontem. Pense a torcida tomando a virada do Flamengo. TERROR E MISÉRIA!
Agora, pense o torcedor do Bahia, acostumado a tomar gol, coitado, nos últimos minutos, fazer o gol de empate aos 44,quando o Flamengo já julgava o jogo ganho. PAIXÃO E ÊXTASE! Meu pai. Eu imagino o que foi aquele caldeirão.
E eu, que estava trabalhando no teatro, fazendo a cobertura de dois espetáculos no mesmo dia, acompanhava, enlouquecida, com as informações de Alam, que discretamente acompanhava o jogo pelo fone, mesmo fotogranfando o espetáculo. Quando o Flamengo virou, a gente desligou o rádio. Nada de tristeza. E qual não foi nossa surpresa quando a gente foi ouvir os comentários e soube que o nosso tricolor tinha empatado. Afi... parece quen não sabe o que é futebol...
Agora, é torcer - mesmo - para que este elenco novo de fato faça o campeonato como fez o jogo de ontem: com fibra, com sangue no olho, com vontade de ganhar. Quando o jogo for fora, fecha os olhos e pensa que a gente, a grande nação tricolor, está ali, de coração, em frente às TVs e coladinha nos rádios, vibrando, vestindo a camisa, beijando a bandeira e tabelando com o time para que seja um belo retorno à série A, como o Bahia merece, como o Bahia pode fazer.
O Flamengo se deu conta, ontem, de que sua torcida é grande, é linda, mas não é a única e que com Nordestino, meu pai, o buraco é mais em baixo...
É BOLADA, TRICOLOR DE AÇO!!!
A vida está uma loucura lá pras bandas do http://www.artedoespectador.blogpsot.com/
Bem que Jesus avisou que em tendo dois deuses, num momento você abandona um para cuidar de outro.
E fora o blog, tem todas aquelas questões políticas e cotidianas no facebook, orkut e twitter.
As loucuras de Dona Dilma Roussef com esses estúpidos religiosos fundamentalistas. Porra, Dona Dilma!!!
Os desmandos do governador-vaidoso que só pavão, Jacques Wagner.
A inconpetência retumbante de João Henrique.
A estréia de Piratas do Caribe...
A pesquisa de doutorado (cá no fim da lista. rsrsrs)
Enfim, muita coisa para essa mãe-professora (em greve), pesquisadora-cozinheira-lavadeira de roupa que não pode ir pra máquina...
Mas, nada, absolutamente nada pode me impedir de comentar o jogo de ontem, né...
Torcida começa a lotar o caldeirão de aço - Richard Souza - Correio da Bahia |
Mas esse povo deve achar que tá fazendo é novela e não futebol. Certos de que sabiam o final, já tinham como certo não apenas a vitória (argh) do Flamengo, mas também a lavada.
Lavada?
Lavada ficou a alma do tricolor quando o Bahia fez o primeiro gol! Eu fico só imaginando a coisa linda que deve ter sido Pituaçu, porque eu não pude ir. Quando tentei comprar ingresso, já era até piada, não tinha nem pra remédio.
A cidade era tricolor geral! Que torcida linda, gente. Vai enfrentar um monstro do futebol brasileiro, sabendo que seu time tá daquele jeito que a gente não queria, mas ainda assim, veste sua camisa, hasteia suas bandeiras, coloca seus bonés, adorna sua janela, tudo para fazer parte da grande festa do futebol Baêano.
E eu digo, quem ganhou esse empate foi a torcida tricolor. Penso se Aristóteles estivesse vivo, ele ia ficar no meio da torcida gritando: CATARSE! CATARSE!
Porque foi isso que aconteceu em Pituaçu ontem. Pense a torcida tomando a virada do Flamengo. TERROR E MISÉRIA!
Agora, pense o torcedor do Bahia, acostumado a tomar gol, coitado, nos últimos minutos, fazer o gol de empate aos 44,quando o Flamengo já julgava o jogo ganho. PAIXÃO E ÊXTASE! Meu pai. Eu imagino o que foi aquele caldeirão.
E eu, que estava trabalhando no teatro, fazendo a cobertura de dois espetáculos no mesmo dia, acompanhava, enlouquecida, com as informações de Alam, que discretamente acompanhava o jogo pelo fone, mesmo fotogranfando o espetáculo. Quando o Flamengo virou, a gente desligou o rádio. Nada de tristeza. E qual não foi nossa surpresa quando a gente foi ouvir os comentários e soube que o nosso tricolor tinha empatado. Afi... parece quen não sabe o que é futebol...
Agora, é torcer - mesmo - para que este elenco novo de fato faça o campeonato como fez o jogo de ontem: com fibra, com sangue no olho, com vontade de ganhar. Quando o jogo for fora, fecha os olhos e pensa que a gente, a grande nação tricolor, está ali, de coração, em frente às TVs e coladinha nos rádios, vibrando, vestindo a camisa, beijando a bandeira e tabelando com o time para que seja um belo retorno à série A, como o Bahia merece, como o Bahia pode fazer.
O Flamengo se deu conta, ontem, de que sua torcida é grande, é linda, mas não é a única e que com Nordestino, meu pai, o buraco é mais em baixo...
É BOLADA, TRICOLOR DE AÇO!!!
sábado, 21 de maio de 2011
MAPA DE OPORTUNIDADES PARA A COPA
Ontem estivemos num evento do SEBRAE e da FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS, onde a intenção é mapear as possíveis oportunidades de geração de renda para Micro e Pequenas Empresas da área de cultura, relacionadas com a Copa do Mundo de 2014. Este evento está acontecendo em todas as cidades-sede.
O interessante é que estávamos lá os artistas, assim meio que perdidos, neste universo do empreendedorismo. Curiosamente havia muita gente de dança, algumas de teatro e umas poucas de música. Entre uma coisa e outra percebemos que as atividades culturais realmente têm um grande espaço a ser ocupado neste grande evento, que é ele mesmo, um evento cultural acima de tudo.
Ainda me incomoda ver as atividades culturais relacionadas diretamente ao turismo, não exatamente por estarem associadas, mas pelo fato de a cultura estar sempre subordinada ao turismo e a gente já lutou tanto para separar uma coisa da outra. Mas, enfim, quando vamos discurtir, percebemos que esta relação é real e que deve ser encarada de frente.
Não estou com muito gás para falar tudo que penso sobre a Copa do Mundo no Brasil, em Salvador, sobre minha querida Conquista ser candidata a sub-sede, ou mesmo sobre salário de professores e futebol. Sei que preciso entrar nestas questões o quanto antes, mas agora, realmente, estou sem gás. Fica o compromisso. Blog tem que ser com prazer, né, gente, se não não dá.
Quero apenas registrar que a COOPERATIVA BAIANA DE TEATRO tá na briga para ocupar importantes espaços na produção teatral de Salvador. Fazemos teatro muito bem, precisamos nos tornar empreendedores, competitivos e não tem tempo melhor para fazermos isso do que na preparação da Copa do Mundo. Grandes produtoras, grandes diretore, abram espaço que a Cooperativa Baiana de Teatro tá em campo para jogar de igual para igual.
É bolada, empreendedor!
O interessante é que estávamos lá os artistas, assim meio que perdidos, neste universo do empreendedorismo. Curiosamente havia muita gente de dança, algumas de teatro e umas poucas de música. Entre uma coisa e outra percebemos que as atividades culturais realmente têm um grande espaço a ser ocupado neste grande evento, que é ele mesmo, um evento cultural acima de tudo.
Ainda me incomoda ver as atividades culturais relacionadas diretamente ao turismo, não exatamente por estarem associadas, mas pelo fato de a cultura estar sempre subordinada ao turismo e a gente já lutou tanto para separar uma coisa da outra. Mas, enfim, quando vamos discurtir, percebemos que esta relação é real e que deve ser encarada de frente.
Não estou com muito gás para falar tudo que penso sobre a Copa do Mundo no Brasil, em Salvador, sobre minha querida Conquista ser candidata a sub-sede, ou mesmo sobre salário de professores e futebol. Sei que preciso entrar nestas questões o quanto antes, mas agora, realmente, estou sem gás. Fica o compromisso. Blog tem que ser com prazer, né, gente, se não não dá.
Quero apenas registrar que a COOPERATIVA BAIANA DE TEATRO tá na briga para ocupar importantes espaços na produção teatral de Salvador. Fazemos teatro muito bem, precisamos nos tornar empreendedores, competitivos e não tem tempo melhor para fazermos isso do que na preparação da Copa do Mundo. Grandes produtoras, grandes diretore, abram espaço que a Cooperativa Baiana de Teatro tá em campo para jogar de igual para igual.
É bolada, empreendedor!
Assinar:
Postagens (Atom)