Depois da pesquisa de mestrado realizada no PPGAC - UFBA, intitulada TEATRO X FUTEBOL: Por uma dramaturgia do espetáculo futebolístico, dou continuidade à pesquisa em nível de doutorado: A EXPERIÊNCIA TRÁGICA DO TORCEDOR: o Futebol como espetáculo absoluto do Século XX. Neste blog pensamentos, perguntas, problematizações, cotidianices, política, arte, poesia. TEATRO E FUTEBOL juntos, porque entre o campo e o palco, entre o jogo e peça existem mais parentescos do que supõe a nossa vã filosofia.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
FIM DE ANO, FIM DE FEIRA
É gente, por mais que eu tenha prometido voltar logo, com textos melhores, mais cuidados eu acabei por abandonar o meu blog querido por muito mais tempo do que esperava.
Até a semana passada o motivo era a correria, pintando e arrumando a casa, encerrando semestre de doutorado, de aulas, viajando, enfim, aquela correria.
Agora o omotivo é o oposto. Maresia total. A canseira bateu, fiquei meio lerda e passo dias sem acessar a net. Minha família está aqui e a vida real é bem mais interessante do que a tela.
Porém, mais uma vez eu mecomprometo que no comecinho do ano que vem eu volto, com novos temas, novos textos, novas questões futebolísticas, artísticas e de vida, que eu adoro falar dela, pra gente conversar.
Foram tantas coisas neste ano bom de 2010. O blog, por exemplo, é de 2010 e foi uma grande realização para mim. E a primeira divisão? Afi... E Dilma? E todos os amigos maravilhosos que fiz e que reencontrei.
Bom, isso não é um post de retrospectiva, por isso vou ali que 2011 tá na janela.
Um grande abraço a todos, boa virada de ano. Muita alfazema, sal grosso, praia e incenso porque se não fizer bem, mal num faz.
Paz e saúde pra nós. O resto, é trabalhar.
É bolada, 2011!!!
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
TORCIDA CAMPEÃ
Gente, estou em viagem por esta Bahia linda, levando um pouquinho daquilo que eu sei e aprendendo muito do tanto que eu ainda nem disconfio. São encontros lindos e momentos mágicos, onde esse nosso chão nordestino me acalenta e me conforta.
Mas, dei uma paradinha para dizer da alegria em ver a beleza e força da torcida do Tricolo de Aço ser reconhecida nacionalmente. O prêmio de torcida de ouro do Brasileirão é um reconhecimento de tanto amor e dedicação de pessoas tão comuns que escolheram um time para se orgulhar e para chorar por ele às vezes, de tristeza ou de alegria. Aproveito para saudar os irmão tricolores cariocas pelo título nacional e para pedir desculpas ao Vitória por não estar mais na série B para lhe dar as boas-vindas. Coisas de futebol.
Bom, é isso.
Grande abraço aos leitores. Nas férias juro que darei textos mais preparados.
É bolada, viajador!
Mas, dei uma paradinha para dizer da alegria em ver a beleza e força da torcida do Tricolo de Aço ser reconhecida nacionalmente. O prêmio de torcida de ouro do Brasileirão é um reconhecimento de tanto amor e dedicação de pessoas tão comuns que escolheram um time para se orgulhar e para chorar por ele às vezes, de tristeza ou de alegria. Aproveito para saudar os irmão tricolores cariocas pelo título nacional e para pedir desculpas ao Vitória por não estar mais na série B para lhe dar as boas-vindas. Coisas de futebol.
Bom, é isso.
Grande abraço aos leitores. Nas férias juro que darei textos mais preparados.
É bolada, viajador!
sábado, 4 de dezembro de 2010
PARABÉNS, CAMPEÃO DO NORDESTE
Fim de ano é uma loucura para professor e estudante. Como eu sou as duas coisas (e mais outras) o tempo está uma doidera.
Por isso, o atraso nos parabéns ao arqui-rival VITÓRIA, que desrespeitando a tradição, não se sagrou vice no Nordestão. Uma bela Vitória, fazendo, enfim, jus ao nome.
Parabéns, rubro-megros!
Por isso, o atraso nos parabéns ao arqui-rival VITÓRIA, que desrespeitando a tradição, não se sagrou vice no Nordestão. Uma bela Vitória, fazendo, enfim, jus ao nome.
Parabéns, rubro-megros!
TORÇO - PROCESSO CRIATIVO EM ANDAMENTO
Apresentação na disciplina de doutorado Processos de Criação, com a Profª Sônia Rangel. Fotos Hannah Abnner.
domingo, 28 de novembro de 2010
DELIVERY SPORT CLUB
ENTREGA!
ENTREGA!
A cantilena da final do campeonato brasileiro mostra que definitivamente a força do clube pra quem se torce é infinitamente maior do que a naturalidade deste torcedor. O que para leigos e desavisados poderia ser uma corrida para saber qual estado tem mais títulos nacionais, é na verdade uma união ao contrário. É a força da competitividade na construção da própria identidade.
Já podemos ver isso bem perto de nós. O torcedor tricolor, fanático, não quer nem saber da campanha POR UM BA X VI NA PRIMEIRA DIVISÃO. Ele quer mais é ver o elevador fazer o serviço completo e ver o Vitória amargar na segunda divisão.
Assim, torcedores cariocas e paulistas têm gritado sem a menor vergonha que seu time entregue para não ajudar o rival. São Paulo 'entregou' na semana passada para o Fluminense o que provavelmente fará também o Palmeiras hoje e também o Vasco contra o Corinthians para que as chances do Fluminense não aumentem.
Torcedores palmeirenses cantam que perder para o Fluminense não é mais do que obrigação.
Do ponto de vista do torcedor, eu entendo essa comoção, até porque participo dela. Mas, do ponto de vista da gestão do futebol, acho lamentável que um campeonato tão grande e importante acabe assim, nesse ENTREGA, ENTREGA sem fim, onde o valor da partida, momento maior da dramaturgia do futebol fica relegado ao mais baixo plano. A idéia dos pontos corridos parece poder evitar compra de árbitros, mas o que se tem visto é que essa certeza já não é tão grande. O risco de se comprar o juiz dos jogos finais só fez se expandir para outros jogos importantes. Como comentou Alam, apenas ampliou-se o mercado.
Esse erra-erra de juiz que tem uma cara danada de falcatrua não foi evitado, e ainda por cima, além de tirar a grande emoção de uma final de campeonato, relega as últimas rodadas a questões não mais esportivas ou estéticas, mas a questões éticas (lembrando que o futebol parece ter sua própria dimensão ética). O torcedor passa a torcer - e pedir - pela derrota do seu time - veja se isso não é uma distorção!
Acho que este modelo de campeonato deve ser repensado, até porque as coisas mudam muito rapidamente e se em algum momento este foi o melhor modelo, tenho certeza de que não é mais e de que isso que se esboça agora - em oposição a outros campeonatos onde o campeão era conhecido com várias rodadas de antecedência - só tende a aumentar nos anos seguintes.
O melhor modelo? Eu não sei, e acredito que ninguém sozinho o saiba. É preciso discutir, pensar e estudar um bom modelo que devolva a graça e a ética esportiva à final do maior campeonato do país do futebol.
É bolada, entregador!!!
ENTREGA!
A cantilena da final do campeonato brasileiro mostra que definitivamente a força do clube pra quem se torce é infinitamente maior do que a naturalidade deste torcedor. O que para leigos e desavisados poderia ser uma corrida para saber qual estado tem mais títulos nacionais, é na verdade uma união ao contrário. É a força da competitividade na construção da própria identidade.
Já podemos ver isso bem perto de nós. O torcedor tricolor, fanático, não quer nem saber da campanha POR UM BA X VI NA PRIMEIRA DIVISÃO. Ele quer mais é ver o elevador fazer o serviço completo e ver o Vitória amargar na segunda divisão.
Assim, torcedores cariocas e paulistas têm gritado sem a menor vergonha que seu time entregue para não ajudar o rival. São Paulo 'entregou' na semana passada para o Fluminense o que provavelmente fará também o Palmeiras hoje e também o Vasco contra o Corinthians para que as chances do Fluminense não aumentem.
Torcedores palmeirenses cantam que perder para o Fluminense não é mais do que obrigação.
Do ponto de vista do torcedor, eu entendo essa comoção, até porque participo dela. Mas, do ponto de vista da gestão do futebol, acho lamentável que um campeonato tão grande e importante acabe assim, nesse ENTREGA, ENTREGA sem fim, onde o valor da partida, momento maior da dramaturgia do futebol fica relegado ao mais baixo plano. A idéia dos pontos corridos parece poder evitar compra de árbitros, mas o que se tem visto é que essa certeza já não é tão grande. O risco de se comprar o juiz dos jogos finais só fez se expandir para outros jogos importantes. Como comentou Alam, apenas ampliou-se o mercado.
Esse erra-erra de juiz que tem uma cara danada de falcatrua não foi evitado, e ainda por cima, além de tirar a grande emoção de uma final de campeonato, relega as últimas rodadas a questões não mais esportivas ou estéticas, mas a questões éticas (lembrando que o futebol parece ter sua própria dimensão ética). O torcedor passa a torcer - e pedir - pela derrota do seu time - veja se isso não é uma distorção!
Acho que este modelo de campeonato deve ser repensado, até porque as coisas mudam muito rapidamente e se em algum momento este foi o melhor modelo, tenho certeza de que não é mais e de que isso que se esboça agora - em oposição a outros campeonatos onde o campeão era conhecido com várias rodadas de antecedência - só tende a aumentar nos anos seguintes.
O melhor modelo? Eu não sei, e acredito que ninguém sozinho o saiba. É preciso discutir, pensar e estudar um bom modelo que devolva a graça e a ética esportiva à final do maior campeonato do país do futebol.
É bolada, entregador!!!
sábado, 20 de novembro de 2010
20 de novembro e O negro no Futebol Brasileiro
Para não deixar passar em branco esta data importante, em que a rua foi tomada de trios elétricos, nossa indiscutível marca, por dois motivos distintos mas tão semelhantes: Um trio no Campo Grande conduzia a marcha e a festa da CONSCIÊNCIA NEGRA. Do outro lado da cidade, três trios animam a inacabável festa do acesso do Bahia, mesmo com a derrota de hoje.
Coinscidência? Não. Tenha certeza que não.
O texto abaixo deve ser lido e considerado em seu contexto, obviamente. Já lá se foram mais de 40 anos e a situação, o discurso, o contexto, tudo isso mudou. O que não faz do texto e do livro sobre o qual comenta, um importante documento histórico sobre essa história que se completa: a do negro e a do futebol brasileiro.
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A VEZ DO PRETO - Édison Carneiro - 1964 (Texto das Orelhas da 2ª edição do livro de Mário Filho)
Esta crônica viva, movimentada, alegre, de êxitos e insucessos, avanços e recuos, marchas e contramarchas do negro na batalha que travou por um lugar no futebol metropolitano exemplifica a extrema versatilidade com que, historicamente, o nosso irmão de pele escura vem conquisntando, em todos os terrenos, a igualdade com todos os brasileiros.
A batalha particular do negro é quase toda a história do futebol - e, afortunadamente para nós, as suas várias peripércias são narradas ppor um homem tão senhor do assunto como Mário Filho, um velho sportman que conhece de primeira mão grande parte do que relembra, restaura e revive. E podemos dizer, com ele, que ao menos no futebol, chegou 'a vez do preto', tão bem simbolizada no triunfo mundial de Pelé.
Quando o futebol começou a candidatar-se à preferência popular, faltavam ao negro dinheiro e posição social. Naqueles tempos, as regatas e as corridas de cavalos eram as diversões prediletas. Esporte era para ricos, para brancos, ou pelo menos, para pessoas de boa família. O futebol não excluiu, inicialmente, o negro, mas não lhe deu as mesmas regalias que ao branco. O negro se conformava, parecia conhecer o 'seu' lugar, e o branco podia assumir a confortável atitude de bom senhor em relação aos escravos dóceis e obedientes.
O paternalismo desse primeiro período não durou muito. O interesse do público aumentava cada dia - o futebol não dava camisa a ninguém mas dava renome e fama - o remo e o turfe passavam a segundo plano - e houve um recrudescimento do preconceito de cor. No espírito do tempo, os ominosos tempos em que o fascismo estava em ascenção no mundo, a Amea, uma liga local, e a CBD se lançaram a campanhas de 'arianização' do futebol, afastando dos times jogadores pretos e mulatos, então numerosos - conta Mário Filho - nos clubes do subúrbio Bangu, Andaraí, América, Vasco, São Cristóvão. Tão deliberada era essa atitude dos racistas do futebol que nem mesmo se importavam co o risco da derrota em partidas internacionais. A ofensiva segregacionista fez as suas baixas nas hostes de cor - feridos, estropiado, desertores. Alguns tentaram disfarças a cor - Friedenreich engomava o cabelo, houve um mulato que cobria o rosto com uma camada tão espessa de pó-de-arroz que acabou dando o famoso apelido ao Fluminense. Outros, mais seguros de si, como Robson, declaravam já terem sido pretos. Outros se envergonhavam e se deixavam subjulgar, como Manteiga, que aproveitou a primeira oportunidade para voltar à sua terra, a Bahia, ou Leônidas que, vilipendiado, se refugiou em São Paulo. Outros ainda se asilaram em times estrangeiros. Em geral, porém, o negro não se deu por vencido - e, no campo e na pelada, com paciência e obstinação desenvolveu a perícia que, logo que os tempo mudaram, em especial após algumas derrotas memoráveis em campos estrangeiros, lhe abriu de novo as portas do clube. O negro não recebia um favor - não se confiava mais na vondade e na tolerância do branco, estava seguro das suas próprias forças e possibilidades, estava preparado para competir com quem quer que fosse em igualdade de condições.
Tudo isto está contado, com as minúcias naturais a quem conheceu de perto os acontecimentos que narra, neste livro de Mário Filho, em que estão vivos, estuantes de vida, no acerto e no erro, nas suas debilidades e nas suas virtudes, Friendereich, Manteiga, Leônidas, Domingos da Guia, o técnico Gentil Cardoso, Zizinho, Jair, Jaime de Almeida, Didi, Pelé e tantos outros, negros e mulatos de ontem e de hoje que deram o que podiam à glória e ao esplendor do futebol brasileiro.
Édison Carneiro - Historiador e escritor
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É bolada, meu Nego.
Coinscidência? Não. Tenha certeza que não.
O texto abaixo deve ser lido e considerado em seu contexto, obviamente. Já lá se foram mais de 40 anos e a situação, o discurso, o contexto, tudo isso mudou. O que não faz do texto e do livro sobre o qual comenta, um importante documento histórico sobre essa história que se completa: a do negro e a do futebol brasileiro.
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A VEZ DO PRETO - Édison Carneiro - 1964 (Texto das Orelhas da 2ª edição do livro de Mário Filho)
Esta crônica viva, movimentada, alegre, de êxitos e insucessos, avanços e recuos, marchas e contramarchas do negro na batalha que travou por um lugar no futebol metropolitano exemplifica a extrema versatilidade com que, historicamente, o nosso irmão de pele escura vem conquisntando, em todos os terrenos, a igualdade com todos os brasileiros.
A batalha particular do negro é quase toda a história do futebol - e, afortunadamente para nós, as suas várias peripércias são narradas ppor um homem tão senhor do assunto como Mário Filho, um velho sportman que conhece de primeira mão grande parte do que relembra, restaura e revive. E podemos dizer, com ele, que ao menos no futebol, chegou 'a vez do preto', tão bem simbolizada no triunfo mundial de Pelé.
Quando o futebol começou a candidatar-se à preferência popular, faltavam ao negro dinheiro e posição social. Naqueles tempos, as regatas e as corridas de cavalos eram as diversões prediletas. Esporte era para ricos, para brancos, ou pelo menos, para pessoas de boa família. O futebol não excluiu, inicialmente, o negro, mas não lhe deu as mesmas regalias que ao branco. O negro se conformava, parecia conhecer o 'seu' lugar, e o branco podia assumir a confortável atitude de bom senhor em relação aos escravos dóceis e obedientes.
O paternalismo desse primeiro período não durou muito. O interesse do público aumentava cada dia - o futebol não dava camisa a ninguém mas dava renome e fama - o remo e o turfe passavam a segundo plano - e houve um recrudescimento do preconceito de cor. No espírito do tempo, os ominosos tempos em que o fascismo estava em ascenção no mundo, a Amea, uma liga local, e a CBD se lançaram a campanhas de 'arianização' do futebol, afastando dos times jogadores pretos e mulatos, então numerosos - conta Mário Filho - nos clubes do subúrbio Bangu, Andaraí, América, Vasco, São Cristóvão. Tão deliberada era essa atitude dos racistas do futebol que nem mesmo se importavam co o risco da derrota em partidas internacionais. A ofensiva segregacionista fez as suas baixas nas hostes de cor - feridos, estropiado, desertores. Alguns tentaram disfarças a cor - Friedenreich engomava o cabelo, houve um mulato que cobria o rosto com uma camada tão espessa de pó-de-arroz que acabou dando o famoso apelido ao Fluminense. Outros, mais seguros de si, como Robson, declaravam já terem sido pretos. Outros se envergonhavam e se deixavam subjulgar, como Manteiga, que aproveitou a primeira oportunidade para voltar à sua terra, a Bahia, ou Leônidas que, vilipendiado, se refugiou em São Paulo. Outros ainda se asilaram em times estrangeiros. Em geral, porém, o negro não se deu por vencido - e, no campo e na pelada, com paciência e obstinação desenvolveu a perícia que, logo que os tempo mudaram, em especial após algumas derrotas memoráveis em campos estrangeiros, lhe abriu de novo as portas do clube. O negro não recebia um favor - não se confiava mais na vondade e na tolerância do branco, estava seguro das suas próprias forças e possibilidades, estava preparado para competir com quem quer que fosse em igualdade de condições.
Tudo isto está contado, com as minúcias naturais a quem conheceu de perto os acontecimentos que narra, neste livro de Mário Filho, em que estão vivos, estuantes de vida, no acerto e no erro, nas suas debilidades e nas suas virtudes, Friendereich, Manteiga, Leônidas, Domingos da Guia, o técnico Gentil Cardoso, Zizinho, Jair, Jaime de Almeida, Didi, Pelé e tantos outros, negros e mulatos de ontem e de hoje que deram o que podiam à glória e ao esplendor do futebol brasileiro.
Édison Carneiro - Historiador e escritor
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É bolada, meu Nego.
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quarta-feira, 17 de novembro de 2010
DEMOREI, MAS VOU AGORA COMENTAR:80 anos vai ser na série A
Estava eu assistindo ao espetáculo curitibano Vida, no Teatro Cacilda Becker, na Lapa em São Paulo, quando o Bahia ia entrar em campo. Ainda no táxi despedi-me do meu amor, que esperava desde a tarde daquele 13 de novembro nas arquibancadas de Pituaçu pelo mais aguardado espetáculo. Desliguei o celular, como de praxe e me entreguei ao belo drama sobre a existência e a solidão - se é que não são a mesma coisa.
Ao fim do espetáculo, fui ao banheiro - minto, ao toillet - e liguei, ali mesmo na salinha de pipi, agachadinha, o celular que pipocou três deliciosas mensagens:
1ªmensagem: Bahia 1 X 0 Portuguesa
2ª mensagem: Adriano 2 gols.
3ª mensagem: Acabou: 3 X 0.
Saio do banheiro equilibrando calças, celular, bolsa, cachecol e tudo o mais. Grito feito louca no educado banheiro - minto, toillet - paulista e mostro, enfim, do que sou feita. Dessa paixão e dessa falta de vergonha de ser feliz. Este orgulho de amar um estado, amar um time, amar uma identidade.
Saio e não consigo quase organizar a frase, dizer que o Baêa conseguiu. Ligo para Alam e com voz rouca e fundo musical ensurdecedor, ele me diz que nunca viu nada tão lindo. Ninguém sai do estádio. Os jogadores no gramado, a torcida nas arquibancadas, uma festa de amor. Um amor coletivo, sem idade, sem gênero, sem parentesco, sem precedentes. Um amor sem limites.
Continuo falando pelas esquinas, comentando com quem quer que passe em minha frente. Na mesma noite meu time paulista - meu timão - havia vencido o Cruzeiro com gol do meu Ronaldo. Pra que melhor? Chego à Augusta, depois de trocar figurinhas futebolísticas com o taxista, e vejo uma feliz camisa tricolor. Lamento não estar com a minha, que havia reservado para o domingo.
Toda essa longa narrativa, para dizer que a felicidade que sentia era tão plena, mas tão plena que eu não conseguia falar de outra coisa. É uma alegria de quem arranjou namorado novo. Ou de quem passou no vestibular. Aquela sensação de que o que parecia justo e certo - mas que podia não acontecer - aconteceu.
O torcedor tricolor estava que era uma pilha só. Um ri e chora sem fim. A cada jogo, novas sensações. Das vitórias, saíamos confiantes, unidos, empolgados. Do traumatizante empate com o Coritiba e o fiasco com o Brasiliense, saímos, simplesmente desolados, para dizer pouco.
E agora, essa alegria. Uma alegria que dura. Podemos dormir e acordar que a alegria não passa. Nem diminiu. Talvez se estabeleça, se tranquilize, mas passar, ah, isso não.
E o interessante é que no fundo, no fundo, toda alegria está naquilo em que a gente concentra energia mesmo para estar feliz. No ano que vem - nosso aniversário de 80 anos - vamos lutar, vamos ter que brigar com iguais, pois jamais deixamos de ser um time de primeira grandeza. Mas nada vai fazer a torcida esquecer este acesso. O elenco, a equipe técnica, o técnico deste momento são história. E Adriano Michael Jackson? HISTORY!!!
Que bom ver este povo feliz. Que bom ver uma cidade pintada de vermelho, azul e branco. Que bom ver a esperança de volta. Que bom ouvir hinos e canções falando do Bahia. Diante de tanta dor e tanta pobreza, miséria e corrupção, eis que o futebol faz da existência uma tarefa mais leve, até prazerosa.
Depois da emoção da ida ao museu do futebol, a vitória que deu acesso ao meu time à primeira divisão novamente, me faz ter certeza de que o objeto que pesquiso no doutorado é de uma relevância inquestionável e me conquistou pelo tamanho da humanidade que reside em si, no sentido mais amplo e genuíno que se possa pensar em humanidade.
Obrigada, meu Baêa, por me proporcionar experiência tão satisfatória e enriquecedora.
Leia o delicioso artigo sobre a subida do Baêa, escrita por Marcelo Barreto para o blog so Sport TV
http://sportv.globo.com/platb/marcelobarreto/2010/11/06/quando-o-bahia-subir/#comments
É Bolada, elevador!!!
terça-feira, 16 de novembro de 2010
VISITA AO MUSEU DO FUTEBOL - PACAEMBU - SÃO PAULO
Em visita a São Paulo, entre os dias 08 e 14 de Novembro, para participar do VI Congresso ABRACE (Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas), apresentei meu artigo sobre a derrota do Brasil para o Uruguai em 1950, intitulado O ABSOLUTO E O GROTESCO DA DERROTA: 60 anos de uma tragédia brasileira, onde identifico elementos de tragédias na fatídica partida. Além disso, fiz, entre muitos outros programas culturais e gastronômicos, uma visita ao Museu do Futebol, localizado no Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, atual casa do meu querido Timão, o Corinthians.
A experiência é única. O museu difere de tudo o que estamos acostumados a pensar de um museu. O passado está ali, se apresentando a nós, através dos ícones do presente: muita instalação, muita multi-mídia, dinamismo, interatividade.
Além da exposição permanente, vimos a exposição Copas do Mundo de A a Z.
Percebemos que muitos jovens frequentam o museu. Encontramos algumas delegações nacionais e internacionais. Os monitores acompanhavam estas caravanas. Boa parte do museu não pode ser fotografada, o que eu acho bom, porque estamos mais interessados em fotografar do que em assistir de fato à exposição e fora que sempre atrapalha o flash daqui flash dali. Há muitos vídeos para assistir, há trasmissões históricas de rádio. Eu ouvi a narração do gol de Ghiggia em 1950. Muito texto para ler, imagens impressionantes sobre os momentos históricos do ano de cada copa. Ícones da identidade nacional, curiosidades sobre termos, lendas e números, muitos números.
Bolas, chuteiras, camisas e uma sessão dedicada a Pelé e Garrincha.
Agora, o mais impactante, para mim, foi a parte que fica nas estruturas das arquibancadas do Pacaembu. Ali, num ambiente quase inóspito, são projetadas imagens de torcidas em telões gigantescos com o som bem alto. As projeções vão se revezando e por ora piscam criando uma sensação de vertigem, como temos às vezes na experiência real. Não há legendas, não há explicação. Não há palavras. Somente a força das imagens e ficamos por muitos minutos ali, embevecidos pela atmosfera única das torcidas de futebol.
Mais adiante, podemos fotografar o Estádio Pacaembu. A concorrência é grande, porque o espaço é pequeno e todo mundo quer tirar sua fotinha ali.
Tivemos o prazer, Eu, Reginaldo Carvalho e Jones Mota (amigos que me acompanhavam) de conhecer o árbitro Emídio Marques de Medeiros, uma lenda da arbitragem, que ouviu um pouco sobre minha pesquisa e conversou conosco. Confira no vídeo logo abaixo. O diretor do Museu também foi muito solícito e pediu uma cópia de minha dissertação, além de dizer que estava disponível para ajudar em minha pesquisa no que fosse preciso.
Na volta, perguntamos ao motorista do táxi se ele já tinha estado no museu, ele disse que sim, que todo mundo já foi ao museu. Ver o futebol num lugar tão clássico de cultura e erudição nos provoca bastante. Vimos muitos jovens se divertindo, passando horas admirando as atrações do museu e isso foi muito agradável.
Espero voltar em breve, com meus filhos e marido, que sei que adorarão. É preciso muito mais do que um dia inteiro para apreciar e se apropriar de tudo aquilo que a impressionante história do nosso futebol tem para nos oferecer. É bom sabermos que fazemos parte disso. É bom ver nossa história assim, organizada, valorizada, disponível para os nossos.
Quem tiver oportunidade, não deixe de ir.
É bolada, visitador.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
DO GRITO AO SILÊNCIO - Futebol para quem tem nervos de aço
Parafraseando a dissertação de mestrado do meu grande amigo e parceiro de doutorado Paulo Henrique Alcântara, intitulada . Do Silêncio ao Grito: As estratégias do encenador-educador Luiz Marfuz na direção dos Jovens do Liceu para o Espetáculo Cuida Bem de Mim, .quero falar, ou ao menos tentar falar, sobre as fortíssimas emoções do jogo de hoje, dia de finados, 02 de novembro de 2010
O jogo valia a liderança da Série B do campeonato brasileiro e praticamente garantiria o acesso à elite do futebol brasileiro em 2011. O Coxa, lider com 60 pontos e o Bahia, vice-líder com 58, lutavam por uma vitória.
O jogo contou com um público caloroso de 32.150 espectadores. 95% deles com o uniforme de torcedor, não tenho dúvida.
Eu não fui ver, mas Alam foi e o motivo deste post é justo um vídeo que ele fez no finalzinho.
Atentem para o seguinte: Na próxima semana vamos a São Paulo para o XI Congresso ABRACE - Associação Brasileira de Pesquisa em Artes Cênicas, onde vou fazer uma comunicação de minha pesquisa e o tema que escolhi foi a tragédia da Copa de 50. Cruzando autores do universo teatral, como Jan Kott, vou fazer uma comparação entre os elementos sugeridos por este autor encontrados nas tragédias e no drama contemporâneo com os elementos encontrados na partida entre Brasil 1 X 2 Uruguai, ocorrida no dia 16 de julho de 1950. Eu ainda nem tinha organizado minha apresentação e eis que a trama acontece.
Aos 40 minutos do segundo tempo, num jogo duro, o Bahia consegue fazer o gol que para mim era o gol da vitória, o gol da liderança, o gol do acesso, o gol da noite. 40 minutos. Eu e minha filha pulávamos de alegria e eu dizia: "Agora é esperar o apito". Mas, no meio da minha dancinha infame, Hannah diz, olhando para a tela do portal terra que dá minuto-a-minuto do jogo: Mãe, tá 1 X 1. Eu repetia: 'mentira, mentira, mentira". 46min do segundo tempo. Antes, segundos antes do apito que eu tanto esperava, o Coxa fez o gol do empate e na mais rápida queda que eu já vi, o Bahia foi de líder a terceiro colocado no campeonato. Gente, como é difícil acreditar.
Eu sou Bahia, todo mundo sabe disso, mas o que mais me chamava a atenção era o inusitado da situação. Eu sei que outras, muitas outras ocasiões semelhantes já aconteceram, até mais dramáticas, quando títulos foram decidios em fração de segundos - no fundo sempre é uma questão de segundos: quanto tempo leva um gol? Mas, eu não tinha vivido nada parecido. Eu ficava imaginando a crueldade do fato com aqueles 32.150 espectadores que silenciaram abruptamente quando ainda comemoravam o gol e só esperavam, como eu, o apito final, que veio logo após o gol trágico.
A pergunta que levo para o Congresso ABRACE vai mais quente do que eu esperava: o que é que faz isso? A quem cabe a decisão? Que força estranha decide os rumos de uma partida? O absoluto? O grotesco? O destino? Os homens?
Alam me confessa então que, atendendo a meu pedido, gravou a comemoração do gol do Bahia, mas acabou, sem querer, gravando o gol do Coritiba. Quando assistia, perguntei a ele se gravou o imenso silêncio que ele mesmo relatou quando aconteceu o gol. Ele disse, conformado: "Não gravei. Meu silêncio foi desligar a câmera"!
Acompanhe o vácuo que ficou do GRITO ao SILÊNCIO:
É BOLADA, TRICOLOR!!!
O jogo valia a liderança da Série B do campeonato brasileiro e praticamente garantiria o acesso à elite do futebol brasileiro em 2011. O Coxa, lider com 60 pontos e o Bahia, vice-líder com 58, lutavam por uma vitória.
O jogo contou com um público caloroso de 32.150 espectadores. 95% deles com o uniforme de torcedor, não tenho dúvida.
Eu não fui ver, mas Alam foi e o motivo deste post é justo um vídeo que ele fez no finalzinho.
Atentem para o seguinte: Na próxima semana vamos a São Paulo para o XI Congresso ABRACE - Associação Brasileira de Pesquisa em Artes Cênicas, onde vou fazer uma comunicação de minha pesquisa e o tema que escolhi foi a tragédia da Copa de 50. Cruzando autores do universo teatral, como Jan Kott, vou fazer uma comparação entre os elementos sugeridos por este autor encontrados nas tragédias e no drama contemporâneo com os elementos encontrados na partida entre Brasil 1 X 2 Uruguai, ocorrida no dia 16 de julho de 1950. Eu ainda nem tinha organizado minha apresentação e eis que a trama acontece.
Aos 40 minutos do segundo tempo, num jogo duro, o Bahia consegue fazer o gol que para mim era o gol da vitória, o gol da liderança, o gol do acesso, o gol da noite. 40 minutos. Eu e minha filha pulávamos de alegria e eu dizia: "Agora é esperar o apito". Mas, no meio da minha dancinha infame, Hannah diz, olhando para a tela do portal terra que dá minuto-a-minuto do jogo: Mãe, tá 1 X 1. Eu repetia: 'mentira, mentira, mentira". 46min do segundo tempo. Antes, segundos antes do apito que eu tanto esperava, o Coxa fez o gol do empate e na mais rápida queda que eu já vi, o Bahia foi de líder a terceiro colocado no campeonato. Gente, como é difícil acreditar.
Eu sou Bahia, todo mundo sabe disso, mas o que mais me chamava a atenção era o inusitado da situação. Eu sei que outras, muitas outras ocasiões semelhantes já aconteceram, até mais dramáticas, quando títulos foram decidios em fração de segundos - no fundo sempre é uma questão de segundos: quanto tempo leva um gol? Mas, eu não tinha vivido nada parecido. Eu ficava imaginando a crueldade do fato com aqueles 32.150 espectadores que silenciaram abruptamente quando ainda comemoravam o gol e só esperavam, como eu, o apito final, que veio logo após o gol trágico.
A pergunta que levo para o Congresso ABRACE vai mais quente do que eu esperava: o que é que faz isso? A quem cabe a decisão? Que força estranha decide os rumos de uma partida? O absoluto? O grotesco? O destino? Os homens?
Alam me confessa então que, atendendo a meu pedido, gravou a comemoração do gol do Bahia, mas acabou, sem querer, gravando o gol do Coritiba. Quando assistia, perguntei a ele se gravou o imenso silêncio que ele mesmo relatou quando aconteceu o gol. Ele disse, conformado: "Não gravei. Meu silêncio foi desligar a câmera"!
Acompanhe o vácuo que ficou do GRITO ao SILÊNCIO:
É BOLADA, TRICOLOR!!!
domingo, 31 de outubro de 2010
ENFIM, A ALEGRIA E A ESPERANÇA!!!
CAROS LEITORES.
É a vitória dos artistas, professores, intelectuais, blogueiros, tuiteiros, ativistas sociais que no momento mais difícil da campanha, arregaçaram a manga e partiram para a batalha.
É a vitória do PT, um partido que apesar de suas contradições e de sua banda podre, não pode se reduzir a isso, muito ao contrário, deve ser livrar destes falsos petistas e devolver a dignidade que é seu maior patrimônio.
É a vitória da mulher, que agora mais do que nunca vai seguir lutando pelos seus direitos, por novas conquistas e por mais humanidade na vida pública.
O discurso de Dilma me emocionou muito, mesmo que por motivos diferentes do que o discuros de Lula em suas duas outras vitórias. Não espero que ela seja um novo, Lula. Espero que ela seja plenamente Dilma. Braços forte, porque para uma mulher chegar a onde ela chegou, com certeza ela teve que lutar duas vezes mais do que um homem teria precisado.
Sinto que será um belo governo, diferente do de Lula, sim, mas um governo tão bom quanto, a seu modo.
A emoção agora, até janeiro, será a despedida de nosso grande Presidente, que mudou a cara deste país.
HOJE ESTOU MUITO FELIZ. NÃO POR ACASO A ESPERANÇA VENCE O MEDO.
Há uma semana fui vítima de uma grande violência, mas hoje, posso dizer que estou mais calma e esperançosa. Espero que muito em breve as pessoas não precisem entrar na casa dos outros para roubar-lhes o que conquistaram tão duramente. Espero que pessoas como a que entrou em minha casa, possam encontrar um caminho diferente deste e que nenhum de nós dois tenha que passar por uma situação de medo como foi para mim e como deve ter sido para ele.
Que todos nós, tenhamos o mais breve possível, o direito de termos nosso próprio dinheiro para que possamos garantir nossas necessidades básicas, nosso lazer, nossos prazeres.
Meu Ronaldo - como era chamado meu notebook, conhecido por todos os meus amigos - foi com o ladrão. Ficou uma tristeza, o medo, um vazio besta. Diria até que uma saudade... Enfim, cada um com suas loucuras.
Escrever sobre sua vitória é escrever sobre a vitória de uma geração que lutou bravamente contra uma ditadura cruel e sanguinária. A vitória de uma classe social que se impôs e disse NÃO à Globo e seu jogo sujo. Que respondeu muito claramente, dizendo: EU ASSISTO ÀS SUAS NOVELAS MAS NÃO COMPRO SEU DISCURSO.
É a vitória dos artistas, professores, intelectuais, blogueiros, tuiteiros, ativistas sociais que no momento mais difícil da campanha, arregaçaram a manga e partiram para a batalha.
É a vitória do PT, um partido que apesar de suas contradições e de sua banda podre, não pode se reduzir a isso, muito ao contrário, deve ser livrar destes falsos petistas e devolver a dignidade que é seu maior patrimônio.
É a vitória da mulher, que agora mais do que nunca vai seguir lutando pelos seus direitos, por novas conquistas e por mais humanidade na vida pública.
O discurso de Dilma me emocionou muito, mesmo que por motivos diferentes do que o discuros de Lula em suas duas outras vitórias. Não espero que ela seja um novo, Lula. Espero que ela seja plenamente Dilma. Braços forte, porque para uma mulher chegar a onde ela chegou, com certeza ela teve que lutar duas vezes mais do que um homem teria precisado.
Sinto que será um belo governo, diferente do de Lula, sim, mas um governo tão bom quanto, a seu modo.
A emoção agora, até janeiro, será a despedida de nosso grande Presidente, que mudou a cara deste país.
HOJE ESTOU MUITO FELIZ. NÃO POR ACASO A ESPERANÇA VENCE O MEDO.
Há uma semana fui vítima de uma grande violência, mas hoje, posso dizer que estou mais calma e esperançosa. Espero que muito em breve as pessoas não precisem entrar na casa dos outros para roubar-lhes o que conquistaram tão duramente. Espero que pessoas como a que entrou em minha casa, possam encontrar um caminho diferente deste e que nenhum de nós dois tenha que passar por uma situação de medo como foi para mim e como deve ter sido para ele.
Que todos nós, tenhamos o mais breve possível, o direito de termos nosso próprio dinheiro para que possamos garantir nossas necessidades básicas, nosso lazer, nossos prazeres.
Meu Ronaldo - como era chamado meu notebook, conhecido por todos os meus amigos - foi com o ladrão. Ficou uma tristeza, o medo, um vazio besta. Diria até que uma saudade... Enfim, cada um com suas loucuras.
Mas, hoje é dia de alegria.
Hoje é dia da Vitória (Amanhã é dia do Bahia!!!)
VAMOS EM FRENTE, MINHA PRESIDENTA! EU TENHO ORGULHO DE NOSSA VITÓRIA!!!
É BOLADA, ELEITOR. OU MELHOR: É GOL!
É BOLADA, ELEITOR. OU MELHOR: É GOL!
sábado, 23 de outubro de 2010
FELICIDADES, MEU REI
Hoje o queridíssimo Pelé completa 70 anos de idade.
Nada mais justo do que um 5 X 1 do Baêa como presente.
Muitos anos de vida, meu rei.
Nós, baianos, o admiramos muito, mesmo tendo vencido seu glorioso Santos em 1959, nos tornando o primeiro time campeão do Brasil e primeiro time brasileiro a dosputar uma Libertadores. Coisas do Futebol.
FELICIDADES, REI PELÉ!!!
Nada mais justo do que um 5 X 1 do Baêa como presente.
Muitos anos de vida, meu rei.
Nós, baianos, o admiramos muito, mesmo tendo vencido seu glorioso Santos em 1959, nos tornando o primeiro time campeão do Brasil e primeiro time brasileiro a dosputar uma Libertadores. Coisas do Futebol.
FELICIDADES, REI PELÉ!!!
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
ENCONTRO COM JOSÉ MIGUEL WISNIK
É meu povo, ontem (19/10) foi um dia muito importante para esta pesquisadora.
Eu encontrei pessoalmente com a minha bibliografia. Rsrsrs. Digo, com meu autor querido, um pilar da minha dissertação e sem dúvida um dos responsáveis pelo meu apreço pelo futebol nos termos em que tenho hoje, mais do que tinha, sem dúvida, antes de ler seu livro, assistir em vídeo suas palestras, ou mesmo apenas ouví-lo em programas de áudio, como é o caso do Café Literário, onde ele trata do tema.
No V INTERCULTE - Encontro Interdisciplinar de Cultura, Tecnologia e Educação, promovido pelo CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO - UNIJORGE, a palestra de abertura foi, na verdade, uma aula show com os artistas José Miguel Wisnik e Arthur Netrovisk. Um passeio por canções do nosso repertório, pela nossa poesia, pelas obras dos próprios artistas e muitos comentários que nos elevaram a alma.
De futebol, ele não falou, infelizmente, mas tudo vivido ali foi muito bom. E depois da grande aula (apesar dos graves problemas técnicos imperdoáveis, em se tratando de palestra de músicos) a hora da tietagem: pegar autógrafo, falar da minha pesquisa, dar uma revista onde tenho artigos publicados, passar o endereço dos blogs, enfim, ficar perto dessa pessoa que eu admiro tanto para trocar um pouquinho de energia, mais do que de idéias porque a fila da babação tava era grande e simancol é uma coisa que eu tenho...
Ficam algumas fotos do evento para vocês curtirem. Para completar a alegria só faltava o Baêa ter ganho o importante jogo daquela noite, o que não aconteceu. Mas, paciência, né, torcedora... faz parte do futebol. No sábado a gente ganha em Pituaçu de novo!
É bolada, leitor-admirador-aprendedor!!!
Eu encontrei pessoalmente com a minha bibliografia. Rsrsrs. Digo, com meu autor querido, um pilar da minha dissertação e sem dúvida um dos responsáveis pelo meu apreço pelo futebol nos termos em que tenho hoje, mais do que tinha, sem dúvida, antes de ler seu livro, assistir em vídeo suas palestras, ou mesmo apenas ouví-lo em programas de áudio, como é o caso do Café Literário, onde ele trata do tema.
No V INTERCULTE - Encontro Interdisciplinar de Cultura, Tecnologia e Educação, promovido pelo CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO - UNIJORGE, a palestra de abertura foi, na verdade, uma aula show com os artistas José Miguel Wisnik e Arthur Netrovisk. Um passeio por canções do nosso repertório, pela nossa poesia, pelas obras dos próprios artistas e muitos comentários que nos elevaram a alma.
De futebol, ele não falou, infelizmente, mas tudo vivido ali foi muito bom. E depois da grande aula (apesar dos graves problemas técnicos imperdoáveis, em se tratando de palestra de músicos) a hora da tietagem: pegar autógrafo, falar da minha pesquisa, dar uma revista onde tenho artigos publicados, passar o endereço dos blogs, enfim, ficar perto dessa pessoa que eu admiro tanto para trocar um pouquinho de energia, mais do que de idéias porque a fila da babação tava era grande e simancol é uma coisa que eu tenho...
Ficam algumas fotos do evento para vocês curtirem. Para completar a alegria só faltava o Baêa ter ganho o importante jogo daquela noite, o que não aconteceu. Mas, paciência, né, torcedora... faz parte do futebol. No sábado a gente ganha em Pituaçu de novo!
É bolada, leitor-admirador-aprendedor!!!
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terça-feira, 19 de outubro de 2010
domingo, 17 de outubro de 2010
O PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ARTES CÊNICAS FOI AO ESTÁDIO DE PITUAÇU - E ADOROU!!!
Ontem, 16 de outubro de 2010, finalmente deu certo a nossa visita ao Estádio Roberto Santos, conehcido como Pituaçu, ou melhor ainda, Pitu-aço, porque é a casa do Tricolor de Aço.
Apesar de algumas baixas na escalação tivemos um bonito time. Segue a lista dos convocados que atenderam ao chamado:
No gol: Daniel Marques
Defesa composta por: Reginaldo Carvalho e Paula Lice
Laterais: Alam Félix e João Vicente
No meio: Hannah Abnner, Karina de Faria e Deise Andrade
No ataque (brocando) Adriana Michael Jackson (três gols na partida!!!)
Foi uma linda festa. Um grande espetáculo de cores, sons e muita emoção. Teve vitória do nosso time, com 3 golaços de Adriano Michael Jackson. Teve cartão vermelho para o time adversário. Teve emoção na platéia (eu passei mal na hora no segundo gol, porque não tinha almoçado). Teve Paula Lice descobrindo que ao vivo não tem replay (e nem narração), teve a emoção da saída no já famoso corpo coletivo (veja vídeo no final). Teve Reginaldo comprando o uniforme na entrada. Muitas, muitas emoções.
Veja alguns vídeos:
FOI BOLADA, PESQUISADOR-TORCEDOR-ESPECTADOR. TRÊS BOLADAS!
Apesar de algumas baixas na escalação tivemos um bonito time. Segue a lista dos convocados que atenderam ao chamado:
No gol: Daniel Marques
Defesa composta por: Reginaldo Carvalho e Paula Lice
Laterais: Alam Félix e João Vicente
No meio: Hannah Abnner, Karina de Faria e Deise Andrade
No ataque (brocando) Adriana Michael Jackson (três gols na partida!!!)
Foi uma linda festa. Um grande espetáculo de cores, sons e muita emoção. Teve vitória do nosso time, com 3 golaços de Adriano Michael Jackson. Teve cartão vermelho para o time adversário. Teve emoção na platéia (eu passei mal na hora no segundo gol, porque não tinha almoçado). Teve Paula Lice descobrindo que ao vivo não tem replay (e nem narração), teve a emoção da saída no já famoso corpo coletivo (veja vídeo no final). Teve Reginaldo comprando o uniforme na entrada. Muitas, muitas emoções.
Na terça (19/10) faremos o debate teórico sobre a experiência, como parte das minhas atividades de doutorado. No próximo post trago as considerações. Deliciem-se com as imagens:
Veja alguns vídeos:
FOI BOLADA, PESQUISADOR-TORCEDOR-ESPECTADOR. TRÊS BOLADAS!
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